| Vereadora Comandante Nádia |
Trabalho é saúde!
O fechamento da economia está aos poucos gerando miséria, desespero e, consequentemente, mortes. Aos poucos, acredito que até a imprensa passou a se dar conta disso. A irresponsabilidade de se fechar autoritariamente o comércio é tão grave quanto não termos UTIs para atender pacientes. O trabalho e a saúde não podem ser dissociados.
500 mil pessoas desesperadas
Para embasar isso que falei acima, vou citar dados do IBGE. O Instituto apurou que a massa salarial encolheu 11,8% no Rio Grande do Sul, na comparação com o mesmo período de 2019. Isso equivale a dizer que os trabalhadores deixaram de receber 1,8 bilhão de reais no período. O nosso Estado tinha 5,7 milhões de trabalhadores formais. Hoje, temos 5,2 milhões. Com essa história de fechar e abrir o comércio, temos cerca de 500 mil pessoas desesperadas e muitas estão prestes a fazer bobagem com a própria vida.
Um ano em 30!
A vacinação está aí para amenizar o problema, mas não podemos ficar parados esperando a imunização de todos. Temos que trabalhar! Porto Alegre já está com quase 10% da polução vacinada. O ritmo está acelerando. O Ministério da Saúde enviou na semana passada o envio de 458 leitos de UTI para o Rio Grande do Sul, boa parte aqui para Porto Alegre. O SUS existe há mais de 30 anos, e ao longo desse período o Estado somou apenas cerca de 2.500 UTIs. Em outras palavras, o Ministério da Saúde criou para o Rio Grande do Sul em 1 ano o que não se fez em mais de três décadas.
Respeito à Constituição
É possível e necessário a economia e a saúde andarem juntas. Chega de politizar a saúde, a justiça e a economia. Precisamos respeitar a Constituição. Onde foi parar o nosso direito de ir e vir? Onde foi parar o nosso direito ao trabalho? É fácil ficar em casa com dinheiro garantido no final do mês. É preciso respeitar quem quer e precisa trabalhar. E essas pessoas seguem todos os protocolos. O inimigo é outro!