O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, se reuniram na tarde desta terça-feira (6/4) após o término de uma conversa por telefone entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o chefe de estado russo, Vladimir Putin. Durante o encontro, Queiroga e Labetskiy trataram da cooperação entre os dois países no combate à pandemia de Covid-19 e negociações para a aquisição da vacina Sputnik V, assim como eventual parceria para a produção do antiviral avifavir em território nacional.

O embaixador reforçou o interesse russo em obter acordos bilaterais para a transferência de tecnologia de produção do medicamento, que vem mostrando resultados promissores no combate ao vírus, para parceiros brasileiros.

O embaixador, que já tomou as duas doses do imunizante produzido em seu país, diz que a redução de casos na Rússia é resultado de uma campanha de vacinação associada à compreensão da mortalidade da doença, uso de equipamentos de segurança individual e distanciamento social.

Os pontos que dizem respeito às vacinas, tratados na reunião com Putin, também foram abordados na conversa com o embaixador. “O Ministério da Saúde já tem tratativas com a Rússia e com a fábrica nacional, e assim que houver a superação das questões regulatórias, aplicaremos a vacina aqui, beneficiando a população brasileira”, pontuou o ministro.

Uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela aprovação da vacinas contra a Covid-19, fará uma visita às instalações do laboratório que produz os insumos e a vacina Sputnik V na Rússia.

A expectativa é de que o imunizante seja produzido no Brasil pela União Química, a partir da transferência tecnológica recebida do Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia N. F. Gamaleya.

A cooperação científica entre os dois países também foi abordada na reunião. Labetskiy elogiou a excelência da formação de médicos brasileiros e a qualidade da medicina no Brasil. Queiroga e o representante diplomático levantaram, ainda, a possibilidade de intercâmbio de experiências e tecnologias entre as duas nações e o fortalecimento de parcerias.

Fonte: Ministério da Saúde

Compartilhe essa notícia: