| Carlos Eduardo Netto |
A Agência Espacial da China confirmou a queda de destroços do foguete Long March 5B no Oceano Índico durante a madrugada deste domingo (9). Havia a chance, ainda que pequena, do objeto cair em terra.
O foguete foi lançado no dia 29 de abril, partindo da China ele levava um estágio da nova estação espacial do país asiático, a Tiangong 3. Depois disso, o veículo ficou flutuando em baixa órbita a velocidade de 27,6 mil quilômetros por hora. Ele pesava, originalmente, 185 toneladas.
O pedaço que entrou na atmosfera terrestre não tinha esse peso todo, porém ainda poderia causar grande danos se caísse em alguma área povoada. Parte dele acabou se desintegrando com o atrito com o ar.
A estação espacial
A China fará mais dez lançamento até o fim de 2022 para a montagem da Tiangong 3 que poderá ter mais três naves acopladas a si para uma estadia curta ou duas para uma mais longa. A previsão é de que a estação tenha vida útil de uma década, porém com manutenção adequada pode chegar a 15 anos.
Em junho deste ano, o país asiático laçará sua primeira missão tripulada. Hoje, ao menos 12 astronautas do país estão sendo treinados para viver no espaço.
Quando for concluída, a Tiangong terá 66 toneladas, sendo menor que a Estação Espacial Internacional da NASA que tem 450 toneladas e abriga astronautas do mundo inteiro.
A construção da estação é só mais uma parte da expansão do projeto espacial chinês, que lançou uma sonda para o lado escuro da lua e trouxe rochas lunares em dezembro passado pela primeira vez desde 1970. Ainda em maio uma sonda deve pousar em Marte e uma outra já orbita o planeta vermelho desde fevereiro. Também há os planos de uma missão para coletar amostras de solo de um asteroide.
Foto: divulgação