O super pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro não foi redigido por amadores. Os melhores advogados do país se reuniram para que não houvesse tropeço sequer em uma vírgula. Porém, não irá adiante. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a quem cabe a decisão inicial, chegou ao cargo com apoio do núcleo do poder do Planalto. Por isso, encontrou logo a justificativa: vai esperar o relatório da CPI da Pandemia para depois decidir.
Primeiro
O pedido de impeachment de Fernando Collor, em 1993, deu-se a partir da denúncia da compra de um Fiat Elba com a sobra do dinheiro de campanha. Argumento que hoje faz rir.
Prova do antagonismo
No Brasil, líderes passam a sonhar com impeachment no dia seguinte à proclamação do resultado da vitória de adversários.
Inconformismo exagerado
Em março de 1999, três meses após a posse de Fernando Henrique Cardoso, reeleito no 1º turno, a oposição lançou uma campanha bem organizada de Norte a Sul. O lema: Fora FHC, Fora FMI. Era a senha para impulsionar um pedido de impeachment. Encalhou porque a maioria da opinião pública entendeu que o Fundo Monetário Internacional prestava um socorro temporário e sem ele o país sucumbiria.
Para evitar a poluição
Em São Paulo, desde 1º de janeiro, nenhum estabelecimento comercial pode fornecer copos, pratos, talheres e varas para balões de plásticos descartáveis. De acordo com a nova lei, esses produtos agora devem ser substituídos por outros elaborados com materiais biodegradáveis, compostáveis ou reutilizáveis.
Terminou o prazo
Motoristas em todo o país de veículos nas categorias C, D e E, como ônibus e vans, que não realizaram o exame toxicológico periódico dentro do prazo e que têm Carteira Nacional de Habilitação com vencimento entre março e junho deste ano, poderão ser multados em R$ 1.467,35 desde ontem. A fiscalização deveria ter sido iniciada em abril, mas o Conselho Nacional de Trânsito adiou devido à pandemia.
Iniciativa oportuna
A Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de lei 814/20, que estende até o final da pandemia o prazo de validade das receitas de medicamentos. Falta passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para entrar em vigor.
Diz que não disse
A denúncia de cobrança de propina para compra de vacinas no terceiro escalão do Ministério da Saúde abre uma vergonhosa guerra de versões no meio da trágica pandemia.
Sob gestão privada
Minas Gerais inicia o Projeto Somar, que testa modelo de gestão escolar, em parceria com organizações sem fins lucrativos. Três delas continuarão sendo públicas, mas administradas por organizações que não cobrarão mensalidades. Respeitarão o currículo nacional e seus estudantes realizarão os mesmos exames das demais escolas públicas, devendo obter bons resultados para que as gestoras mantenham o contrato.
Onde funciona
Entre os norte-americanos, a primeira experiência ocorreu em 1991 no estado de Minnesota. Dez anos depois, já eram quase 2 mil escolas do tipo no país. Hoje, são 7 mil, atendendo mais de 3 milhões de estudantes. O modelo é elogiado por políticos das mais diferentes correntes ideológicas, de Donald Trump a Bernie Sanders, passando por George Bush e Barack Obama.
Apagam o passado
Em meio a crescentes tensões e competição comercial entre a China e os Estados Unidos e o quadro de deterioração das relações russo-americanas, um fato chama a atenção. Rússia e China anunciaram, esta semana, que prorrogarão por cinco anos o tratado de amizade em vigor desde 2001, elogiando o “papel estabilizador” de sua colaboração em face da “turbulência global”. O Kremlin emitiu declaração conjunta, comemorando o 20º aniversário do pacto, após uma videoconferência entre Vladimir Putin e Xi Jinping. Mesmo com divergências internas, unem-se na hora de enfrentar o grande adversário político.
A propósito, o Partido Comunista da China completa hoje 100 anos.