A polícia entra no oitavo dia de buscas pelo corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos, que foi jogado ao Rio Tramandaí, segundo confessado pela mãe da vítima, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues. Ela, o filho e a companheira, Bruna Nathieli Porto da Rosa, moravam em uma pousada em Imbé, no litoral Norte, há cerca de um mês.

Segundo o Conselho Tutelar de Imbé, não haviam denúncias de maus tratos envolvendo a família. Também não havia registros do gênero no município de Paraí, na Serra gaúcha, onde a família morava até maio de 2021. No entanto, há um detalhe importante. A avó materna de Miguel iniciou, no dia 8 de junho, um processo para obter a guarda da criança, segundo a Defensoria Pública do RS. A ação, contudo, só passou a tramitar no Judiciário em 29 de julho, quando o menino já havia sido dado como morto pela polícia.

O Delegado Antônio Ractz, responsável pelo caso, afirmou que foram realizados levantamentos periciais na noite desta terça-feira (3) em dois apartamentos onde residiram o casal e a criança, no Balneário Santa Terezinha e no centro, em Imbé. Além de materiais genéticos, também foram coletados objetos utilizados na tortura física e psicológica do menino.

Cadernos demonstram que a criança era obrigada a escrever frases ofensivas. – FOTO: Delegacia de Polícia Civil de Imbé 

Corrente encontrada era utilizada para acorrentar a criança. – FOTO: Instituto-Geral de Perícias

As buscas seguem no litoral do Rio Tramandaí. De acordo com o responsável pela procura Tenente Lucrécio, do 9° Batalhão de Bombeiros (BBM) de Imbé, estão sendo usados drones para “tentar localizar o corpo em locais de difícil acesso”. 

 

A madrasta, Bruna Nathiele Porto da Rosa foi transferida para o Instituto Psiquiátrico Forense para avaliação. Segundo a SUSEPE, teria tentado o suicídio novamente. Embora seja autista, um laudo médico que atesta a capacidade cognitiva da Bruna foi aceito pela Justiça. A mãe permanece na penitenciária de Guaíba após ser presa na sexta-feira (30), após confessar o crime. 

 

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