A tortura de crianças no Rio Grande do Sul parece ser um fenômeno que se tornou rotina. Após o choque com o caso do menino Miguel em Imbé, no litoral norte, mais um caso de maus tratos maternos veio à tona hoje em Canoas. Felizmente, o caso foi interrompido antes de evoluir para um crime ainda pior.

Na manhã desta quarta-feira (18),  Policiais civis da Delegacia da Criança e Adolescente de canoas (DPCA/CANOAS), coordenados pelo Delegado Pablo Rocha, executaram a Operação POENA, que prendeu, em cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, a mãe de um menino de seis anos de idade, vítima de reiteradas torturas. O Delegado Pablo afirma que “as investigações continuam e foi uma situação de graves agressões contra a criança”. O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana – 2ª DPRM, Regional de Canoas, Delegado Mario Souza, destaca que “foi evitada uma possível tragédia, a criança corria risco de morte.”

A Polícia civil obteve provas, como fotografias da criança amarrada à cama, além de um depoimento da própria vítima, em que revela ter tido as mãos queimadas no fogão e também ter sido amarrado à cama, permanecendo por longas horas no quarto sem sequer poder ir ao banheiro.

 

Itens utilizados na tortura do menino incluíam remédio para dormir e amarras. – FOTO: PC/DPM – 2ªDPRM
DPCA/CANOAS

Já haviam sido apreendidos objetos relacionados ao fato e hoje, após a detenção da mãe, foram localizados e apreendidos evidências como as roupas da vítima, remédios usados para dopar o menino e também os tecidos que amarravam o menino à cama. A mãe, de 28 anos, foi presa em sua casa em Canoas. Lá foi encontrado remédio para dormir e materiais para amarrar a vítima. O namorado da mulher, de 24 anos, foi preso em Campo Bom.

Os dois presos apresentam versões opostas para os fatos e serão novamente inquiridos para cabal esclarecimento dos fatos. O inquérito prossegue com os investigados já presos e a criança de seis anos de idade já em segurança.

 

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