A Fecomércio-RS participou de reunião com o governador Eduardo Leite na manhã desta quarta-feira, 17 de novembro, para discutir o ajuste dos protocolos sanitários face ao avanço na vacinação e controle da pandemia. A entidade já havia enviado suas considerações sobre a necessidade de atualização de protocolos, em especial no que diz respeito aos obstáculos associados à exigência do comprovante de vacinação e testagem de funcionários para realização de eventos e à obrigatoriedade do uso de máscaras em crianças, especialmente alunos da Educação Infantil.

Na reunião, em que a Fecomércio-RS esteve representada pelo vice-presidente Ademir da Costa, o governador relatou que pretende realizar mudanças em novo decreto, com o atendimento de algumas demandas da entidade. Além de anunciar a alteração do status de “obrigatório” para “recomendação” em alguns dos protocolos, como os limites de ocupação de estabelecimentos comerciais, Leite acatou a sugestão em relação ao comprovante de vacinação, para que seja calibrado conforme a imunização de cada município. O governo propôs que ele seja exigido apenas em cidades com menos de 90% da população elegível vacinada. A Fecomércio-RS reiterou que a exigência do comprovante de vacinação em locais onde os índices de imunização já são altos representa um custo injustificado às empresas, e o governador se mostrou disposto a rever os detalhes da determinação para levar em conta esses casos.

Quanto ao uso de máscaras por crianças, exigido inclusive no Ensino Infantil, o Governador lembrou que a determinação é oriunda de Lei Federal, mas comunicou que, em sensibilidade à demanda, irá retirar as sanções previstas no regramento estadual e reforçar o pleito para que o Ministério da Saúde reveja esta recomendação. Em nota técnica, o Governo Estadual já alertou o Ministério sobre as evidências que apontam os prejuízos do uso do acessório por crianças de certas faixas etárias.

 O vice-presidente Ademir da Costa considerou positiva a disposição do governo ao diálogo e agradeceu ao atendimento de demandas, mas reitera que é necessário que os ajustes sejam analisados e incorporados com prontidão. Além disso, alertou que, apesar do intuito alinhado com a proposta da Fecomércio-RS, o percentual de 90% como parâmetro para cobertura vacinal pode ser exagerado, visto que muitos locais terão dificuldades para atingi-lo.

Ainda participaram da reunião o vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, o Procurador-Geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, a Secretária de Saúde do RS, Arita Bergmann, e de Educação, Raquel Teixeira, além de representantes de entidades e do Comitê de Crise.

 

Fonte: Moglia Comunicação
Foto: Reprodução

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