O quarto dia de julgamento do caso da Boate Kiss – que incendiou em janeiro de 2013 e matou 242 pessoas – começou com o depoimento de Alexandre Marques, organizador de eventos e produtor. Marques foi arrolado como testemunha pela defesa de Elissandro Sphor, ex-sócio da boate.
A testemunha foi inquirida pelo juiz Orlando Faccini Neto, pelos advogados de defesa de Marcelo de Jesus, Luciano Bonilha Leão e pelo Ministério Público.
Para a promotora Lucia Helena Callegari, última a inquirir o depoente, afirmou em coletiva de imprensa após a pausa para almoço que Marques “acredita que se deve continuar usando fogos em estabelecimentos fechados”. Na visão dela, a tragédia poderia ter sido evitada. “(…)O que estou tentando trazer ao mundo é de que a Kiss não se repita e ele [testemunha] não acredita em nada”. E complementou: Ele [Alexandre Marques] disse que por causa da Kiss os eventos foram impedidos”.
“Deixei muito claro que a testemunha que o acusado Elissandro trouxe acredita que se deve continuar usando fogos, tudo o que estamos fazendo aqui ele não acredita(…) O que estou tentando trazer ao mundo é de que a Kiss não se repita e ele [testemunha] não acredita em nada”? pic.twitter.com/lMUb2v517p
— RDC TV (@RDCTVdigital) December 4, 2021
Principais pontos do depoimento de Alexandre Marques
- Ele não estava na noite do incêndio da boate, mas conhecia o interior da casa noturna; Segundo, em outra oportunidade foi pedido para Elissandro se dava para utilizar um artefato pirotécnico na boate. Elissandro teria dito “bah velho, melhor não”. Ainda de acordo com Alexandre, sempre que se é utilizado um artefato como um sputinik, é necessário fazer um teste, um “reconhecimento do local”;
- Questionado pela advogada de Marcelo de Jesus sobre a segurança e estrutura das boates após a tragédia, Alexandre Marques disse que as casas noturnas “continuam a mesma coisa”;
- Através da defesa de Luciano Bonilha Leão, o depoente pegou na mão diversos artefatos. Houve ainda a exibição de um vídeo em que uma espuma pega fogo após um artefato ser queimado.
- A defesa de Mauro Hoffmann preferiu não inquirir o depoente.
- O Ministério Público, com a promotora Lucia Helena Callegari, inquiriu por último. A expectativa é de que Marques retorne para continuar com o depoimento à tarde.
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