Jornalistas de emissoras de TV começam a buscar um objetivo: diminuir o caráter de espetáculo dos debates entre candidatos, tornando-os oportunidade para tratar de temas sérios. Exemplo: a situação do contribuinte de impostos, que pode ser também ser chamado de vítima de um sistema complexo, arbitrário e muitas vezes injusto.
Não estamos no Império
O caminho que o Brasil segue, há décadas, não é o da autonomia dos Estados, mas o da dependência e da centralização. Governadores, prefeitos, deputados e vereadores, sempre na ponte aérea para Brasília em busca de dinheiro, demonstram.
Difícil entendimento
O comprovante de vacinação é exigido de forma aleatória no Aeroporto Internacional de São Paulo, relataram passageiros. A maioria disse que não precisou apresentar o documento para entrar no país, apenas o teste negativo de Covid. A obrigatoriedade foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no último sábado. A Anvisa afirma que a medida ainda está em fase de implementação.
Vitória da burocracia
O vírus vai circular livremente por meio de passageiros que vêm de países onde a nova variante se alastra. Afinal, escolher funcionários para fazer o controle, colher assinaturas para o ato e posterior publicação no Diário Oficial, tudo demora muito…
Mistério
Este colunista tem buscado informações sobre onde andam as conclusões da CPI da Pandemia, instalada a 27 de abril. Virou palco de xingamentos e ringue de boxe, ocupou manchetes durante meses e preencheu amplos espaços em rádios e TVs. Até agora, nada. O relatório de 1.299 páginas deve estar escondido em algum lugar.
Conceito claro
Professores ensinam nos cursos de Gestão Pública: a corrupção é uma medida da ausência da institucionalização de uma política eficiente.
Assusta
Estimativas da Confederação Nacional de Municípios apontam que as dívidas das Prefeituras com o INSS é de, no mínimo, R$ 103 bilhões. Muitos servidores correrão riscos e a conta para cobrir será de toda a população.
A pergunta: como as Câmaras Municipais deixaram a bola de neve aumentar?
Texto atual
“Muitos passaram, da noite para o dia, da estadolatria à estadofobia, sem a menor cerimônia. Até ontem eram de ‘esquerda’ porque era moda. Hoje são da ‘nova direita’, porque é ‘manero’. Forçados a racionalizar suas novas posições, cometem toda a sorte de absurdos e dizem as maiores barbaridades.”
Trecho de artigo do economista Delfim Netto que parece escrito ontem. Porém, foi publicado nos jornais do Centro do País em agosto de 1989. Referia-se a muitos dos 22 candidatos à Presidência da República.
Tiro n’água
A Comissão de Educação do Senado tem reunião hoje, incluindo na pauta a proibição da entrada e da permanência de crianças ou de adolescentes em bailes funk ou eventos com livre fornecimento de bebidas alcoólicas. Ótima ideia. Difícil ou impossível será a aplicação.
O problema não se resolve com lei. Terá mais efeito uma campanha nacional orientando pais e mães sobre causas e consequências.
Há 65 anos
A 15 de dezembro de 1956, o governo dos Estados Unidos propôs ao Brasil o arrendamento da ilha de Fernando de Noronha, situada a 320 quilômetros a Oeste de Natal. A intenção era instalar uma base de foguetes teleguiados. Em troca, os norte-americanos garantiriam o reequipamento aeronáutico, recursos para controlar a costa brasileira e armamento submarino para aparelhar o sistema defensivo.
Uma só bandeira
As negociações evoluíram, mas não nos termos desejados pelos norte-americanos. A 21 de janeiro de 1957, foi celebrado acordo dos presidentes Juscelino Kubitschek e Dwight Eisenhower. Entre outros itens, previa: 1) o comando da ilha continuaria sendo exercido por um oficial brasileiro; 2) apenas a bandeira do Brasil poderia ser hasteada em toda a área.
O rápido avanço tecnológico fez com que o equipamento instalado em Fernando de Noronha se tornasse obsoleto e a base foi desativada em janeiro de 1959.