O pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Sul pelo NOVO, Ricardo Jobim, foi o entrevistado da edição desta quinta-feira (30) do RDC News Especial Eleições.

O programa apresentado por Carolina Aguaidas e Renato Martins teve ainda a participação especial de Márcia Christofoli, publisher da Coletiva.net.

Confira os principais destaques:

Estratégia para ser conhecido pelo eleitorado
“Temos duas principais dificuldades. Não sou um político de carreira. Fui selecionado pelo partido NOVO justamente por ser uma pessoa do setor privado que pode emprestar para o setor público experiência administrativa. Segundo é que o partido NOVO é o único que se nega a utilizar o dinheiro público para pagar campanhas políticas, seja fundo partidário ou fundo eleitoral. Esse dinheiro não deveria estar pagando campanhas. (…) Temos campanha humilde, somente vai apostar na gente quem acredita na gente. Não adianta ficar pregando ideias, tem que dar o exemplo. Em virtude disso, temos dificuldades, mas temos os meios de mídia para pessoas nos conhecerem e fazerem juízo daquilo que acham que são antiquados e modelos novos.”

Situação do trabalhador
“Se existe partido, se existe um projeto que pensa no trabalhador é o modelo liberal. 95% dos empregos estão nas empresas, nas pequenas e médias, especialmente. Empresas que recebem opressão do estado e não podem se desenvolver, porque o estado não dá apoio. O nosso modelo pensa no trabalhador, especialmente as camadas humildes. Preciso dizer que estamos na defesa da classe menos favorecida que é quem mais paga impostos no país, porque paga imposto sobre o consumo. O estado se tornou um gigante descontrolado que acaba querendo participar de tudo. Precisamos mudar o modelo.”

Educação no RS
“Tenho 3 filhos em idade escolar. Um dos motivos de eu ser pré-candidato é justamente esse. Quero ter certeza que meus filhos vão ficar no estado no futuro. O quadro que está se desenhando é gravíssimo. (…) Estamos enfrentando dificuldades extremas em algumas escolas porque não existe cuidado com educação. Passou por tantos governos e não resolveram. Não existe investimento feito da maneira correta em educação.”

Privatização da Corsan
“A privatização tem que acontecer, mas com critério e cuidado. Por que isso é necessário? Na região de cobertura da Corsan, quase 90% das pessoas não tem esgoto tratado. A cada real investido em saneamento, são 3 reais economizados em saúde. Então a população está adoecendo. A Corsan teve todas as oportunidades enquanto empresa pública de resolver esse problema. Isso estava nos contratos de muitos municípios. Contratos que não foram cumpridos gerando várias indenizações contra a Corsan. Não é somente água, é água e saneamento. Precisamos entender que não é a questão de um modelo ser público ou privado, a gente precisa de um modelo que funcione.”

Investimento de publicidade para utilidade pública
“Todas as campanhas estatais deveriam ter utilidade pública. O dinheiro público não serve para fazer propaganda do gestor. O governador não deveria se beneficiar de propagandas genéricas que apenas vão explorar conquistas sobre a sua imagem. Por que não utilizar para esclarecer sobre a verdade do sistema público? Não quer dizer que o  investimento seja reduzido. É claro que estamos diante de um regime de recuperação fiscal, do qual eu concordo com a adesão e precisamos contingenciar receitas e despesas, mas a população precisa estar informada. Uma das formas de proporcionar democracia, participação política e melhoria do estado, é revelando dados verdadeiros. Transparência não pode ser somente um portal, tem que evidenciar nossas dificuldades e mostrar para a população Somente pensa assim quem não acha que política é profissão. Quem não se preocupa com a próxima eleição, mas com a próxima geração.”

Redução de secretarias
“As pessoas acham que ter uma secretaria ou ter um secretário é sinônimo de resolver problema. Esse modelo não serve. Eu defendo que o Rio Grande do Sul tenha 12 secretarias. E por que se faz essa redução? Por uma questão de gestão. O governador consegue trabalhar muito melhor com 12 pessoas competentes do que ficar atendendo 25. E é óbvio que esses interesses vão ter que ser gerenciados por subsecretarias, subdiretorias e outros órgãos que possam diluir essas secretarias mais fortes que a gente vai criar. Tenho certeza que, após fazer processo seletivo, boa parte dos melhores técnicos vão se interessar em ser secretários no governo do partido NOVO, porque vão ter autonomia e a prioridade da decisão vai ser técnica. Na regra geral se coloca política em primeiro e técnico de adjunto.”

Considerações finais
“Eu sou pré-candidato por um motivo muito certo. As pessoas não querem mais ouvir falar de política. Sou de fora da política, quero trazer uma mentalidade diferente e dizer que o setor público precisa se adaptar à realidade das pessoas. Podemos, se quisermos, acreditar que o Rio Grande do Sul pode ter o primeiro governo liberal da história. Tenho certeza que nós podemos fazer muito mais, mas para isso tem que dizer que para o narcisismo político que a carreira política deles é só um detalhe e que o estado é tudo.”

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