A menos de 100 dias da Copa do Mundo do Catar, Tite garante ter tranquilidade para buscar o Hexa. Muito por conta de ter feito um ciclo completo, de quatro anos, diferentemente da Copa da Rússia, em 2018, dois anos após sua chegada na Seleção Brasileira. O treinador e seu auxiliar Cléber Xavier falaram sobre a preparação para o mundial em entrevista exclusiva à RDC TV.
“Quando a gente faz um processo todo, com início, meio e fim, a gente tem condições de acertar e errar mais, de dar oportunidade para um número maior de atletas. Isso vai gerando uma relação de confiança e uma qualidade de trabalho maior. Então se chega, eu particularmente, com tranquilidade maior do que quando se faz em dois anos, apesar da responsabilidade e da exigência”, garante Tite.
Embora tenham outros atletas para dividir o protagonismo, algo ressaltado por Cléber Xavier, a principal esperança da Seleção mais uma vez é Neymar. E Tite destaca a mudança de característica do camisa 10 nos últimos anos. “O Neymar de 2017 e 2018 da Seleção e do Barcelona era de banda, de lado, da jogada vertical. Ao longo do tempo, no PSG, ele veio para dentro, ampliando a área de ação dele. Dentro da Seleção ele tem essa liberdade criativa, porque é um jogador diferenciado”, explica.
Hoje com 61 anos, Tite tem uma longa história como técnico de futebol. E foi no Rio Grande do Sul, sua terra natal, onde tudo começou. O treinador leva todos aprendizados adquiridos aqui na bagagem para o Catar. “Trago toda uma história, legado, inspiração. Foi de Caxias, clubes de onde passei. Traz de Garibaldi, Veranópolis, Erechim, de Caxias e Juventude, Grêmio e Internacional. Essa construção que a gente teve ao longo da vida para que chegasse nesse momento de estar na Seleção Brasileira. Tomara que a gente tenha luz para trazer de volta um título mundial”.