Miguel Afonso Flach é professor de engenheira mecânica, mas também é famoso por ser o Dr. Flach da cutelaria. Há 10 anos ele faz uma das coisas que mais gosta: facas. A paixão por por este instrumento surgiu por causa do avô que era ferreiro. E a ideia de produzir facas tomou forma quando montou um laboratório na faculdade que lecionava.

Para fazer uma faca, existem vários processos.  Primeiro é feito um design  no computador, uma das partes mais importantes de acordo com o especialista:

“Antigamente, como é que se fazia as facas: começava com o aço bruto e ia aproveitando ele da melhor forma possível, cortando manualmente, furando, amassando e deformando para aproveitar o material da faca. Hoje em dia, a gente pode fazer de um jeito mais moderno que é usando a computação para fazer o design da faca. Uma faca tem que ter um material de excelente qualidade, tem que ter fio, mas ela também tem que ser bonita. Então eu preso muito pelo design das facas”, salientou Miguel.

Após o modelo da faca escolhido, é feito o desbaste do gume, que é a principal região responsável pelo corte. Este processo é feito na máquina lixadeira. Para fazer a transformação do aço é preciso acender um forno e deixar aquecer até 724 graus. A faca precisa ficar 5 min no fogo. Depois disso, mergulha-se a faca no óleo até esfriar. E depois vai para a máquina que fará o revenimento da faca, procedimento que faz tratamento térmico do aço.

Terminado os processos, é só contar com a finalização, onde é realizado o acabamento da lâmina e a testagem com cortes.

 

 

 

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