Por Augusto Heleno – Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
A eleição presidencial de 2022 traz, fatalmente, a marca de uma lamentável mudança: Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em três instâncias pela Justiça Federal, graças a uma surpreendente decisão do Supremo Tribunal Federal, foi solto e voltou ao cenário político nacional como candidato à Presidência da República. Inacreditavelmente, por caminhos pouco inteligíveis por seres normais, perdemos a grande oportunidade de afastá-lo, definitivamente, da vida política nacional e de mantê-lo no ostracismo, dando um basta em quem tanto mal fez ao Brasil.
Ele se apresenta como patriota, incorruptível, um cidadão acima de qualquer suspeita ética e moral, vitimizado e injustiçado. Subestima, com incrível desfaçatez, a memória e a inteligência do povo brasileiro. Alguns chegam a negar suas condenações na Justiça. É hora de deixar bem claro que a prescrição e a mudança de sede processual não significam absolvição e inocência em pretéritos processos judiciais. Longe disso! Luiz Inácio Lula da Silva e o PT enfrentarão o juízo popular.
Sugiro que os 156 milhões de eleitores resgatem os malfeitos de Lula, de Dilma Roussef e de seus “colegas” de governo que, ao longo de 13 anos, foram as estrelas do mensalão, do petrolão, das pedaladas fiscais, da recessão, da falência de estatais e fundos de pensão e de empréstimos, a fundo perdido, para terroristas e ditaduras de esquerda.
O PT sempre tentou desestabilizar e inviabilizar os governos vigentes, por meio de ações, discursos e narrativas que desprezaram os interesses nacionais e o povo brasileiro, em benefício próprio, apostando no lema negativista quanto pior, melhor e na tese divisionista do nós contra eles.
Poderemos eliminar, pelo voto, o vício da corrupção sistêmica, do desemprego que nos foi legado, da má gestão e de invasões a propriedades privadas. Se voltarem ao poder, defenderão a ideologia de gênero, o aborto e a legalização das drogas. Precisamos evitar o aparelhamento do Estado pelos “cumpanheiros” e impedir que Lula leve adiante sua pretensa e inaceitável credencial de salvador da pátria. Não foi, não é e nunca será. Chegou a hora de difundirmos, incessantemente, que seu retorno e de seus aliados ao Palácio do Planalto e à Esplanada dos Ministérios é retrocesso, desalento e desesperança para nossa democracia, um verdadeiro desastre para o país.
Suas recentes declarações, entre outras, de apoio à ditadura da Nicarágua e ao regime venezuelano, sobre a política de preços de combustíveis da Petrobras, a favor do controle da mídia e da reversão da reforma trabalhista o desqualificam para o cargo de principal mandatário do Brasil. Cabe-lhe, ainda, a blasfêmia de que o presidente da República não sofreu tentativa de assassinato em setembro de 2018. Esse é o seu nível. Daí para muito pior, não tenham dúvidas e não se iludam.
É chegado o tempo de bloquear, de forma irreversível, a intenção, maléfica e partidária, de figuras conhecidas da esquerda caviar, lideradas por José Dirceu, de ideologizar o currículo das escolas militares e de politizar as promoções de oficiais-generais. Desconhecem, intencionalmente, que ao longo da história, as Forças Armadas contaram, sempre, com elevados índices de credibilidade perante a sociedade brasileira.
Não há como a nação sobreviver a mais uma gestão petista, sob a égide de um condenado, que trará, por certo, consequências negativas e irreversíveis para todos nós. Seremos guiados às trevas, à insolvência e à desilusão.
Sem dúvida, estamos diante de um momento histórico, sensível, decisivo e os eleitores, por patriotismo, devem, sim, lhe negar mais um mandato de presidente da República. Não devemos, em defesa das gerações vindouras, permitir que voltem à cena dos crimes, personagens conhecidos e figuras carimbadas. Ao votar pelo Brasil, em eleições limpas, transparentes e pacíficas, garantiremos um futuro próspero e promissor para a nossa pátria. Brasil acima de tudo.