A Polícia Civil concluiu a investigação do caso Zambi, onde um homem teve a cabeça decapitada e jogada em uma via pública em Porto Alegre no final de agosto. Ao todo, foram 13 indiciados, dez já estão presos, sendo cinco deles lideranças do crime, outro três ainda estão foragidos. A identificação dos responsáveis se deu por conta de um vídeo postado nas redes sociais onde um homem chuta a cabeça da vítima e também através de imagens de câmera de segurança que mostravam o momento exato do descarte da cabeça em via pública na Vila Cruzeiro.
Zambi Rodrigues de Barros, de 29 anos, foi capturado em sua residência no bairro Cavalhada por dois homens. Logo em seguida, ele foi assassinado, decapitado e teve a cabeça arremessada na rua Cruzeiro do Sul, no bairro Santa Tereza, como demonstração de força da facção.
Os agentes também concluíram que os responsáveis por este crime fazem parte do mesmo grupo que feriu 27 pessoas e matou outras três em um tiroteio na rua Rio Grande no bairro Campo Novo no dia 4 de setembro, como parte de uma guerra de facções. O conflito teria recomeçado após o assassinato de uma liderança do crime da Zona Sul e da expulsão da facção do Vale dos Sinos.
“Desde março, viemos enfrentando essa onda de violência aqui na capital. Com isso, conseguimos identificar lideranças de facções envolvidas nessas disputas e rapidamente conseguimos intervir, inclusive fazendo isolamento de indivíduos vinculados a ambas os grupos na disputa. Acabamos por reverter o quadro e em maio tivemos um decréscimo de homicídios. Contudo, no final de julho e início de agosto, uma morte na Vila Cruzeiro reacendeu esses conflitos”, explica o diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil (RS), Eibert Moreira Neto.
O assassinato de Zambi Rodrigues Barros aconteceu no dia 24 de agosto. Na ocasião, o grupo utilizou um carro como batedor, com o objetivo de avisar o veículo que vinha atrás sobre a presença da polícia. Após o despejo da cabeça da vítima, seu corpo foi deixado em um carro no bairro Belém Velho e depois incinerado.