O governador disse que, com a reunião, se avançou para o estabelecimento de um trabalho de cooperação. Foto: Maurício Tonetto/Secom

Num encontro no Palácio Piratini, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o governador Eduardo Leite, discutiram ações para tornar o Rio Grande do Sul um exemplo de combate à exploração de mão de obra escrava, após denúncias de exploração de trabalhadores na Serra e nas lavouras de arroz na região da Fronteira. O Estado inclusive assinou acordo de cooperação técnica com o Ministério Público e agora vai desenvolver um plano de trabalho com o governo federal.

Conforme Leite, nos próximos dias deve acontecer a primeira reunião para definir ações e metas. Marinho destacou que é preciso tomar providências porque no ano que vem tem safra de novo, só que agora todos estão conscientes e orientados. Em entrevista exclusiva para a RDC TV, o deputado Miguel Rossetto (PT) confirmou que o Ministério do Trabalho vai investigar o envolvimento de uma multinacional no trabalho análogo à escravidão nas lavouras de arroz em Uruguaiana. “Tem que identificar as responsabilidades e punir quem praticou essa irregularidade, que não pode mais acontecer no Rio Grande do Sul”, destacou o deputado.

Na questão da terceirização das empresas, o ministro Luiz Marinho disse que o governo federal aceita intermediar um debate sobre uma revisão da reforma trabalhista. “Mas é preciso ouvir todos os setores envolvidos”, ressaltou. Marinho chegou ao Estado na segunda-feira, quando se encontrou com os prefeitos de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, visitou o alojamento onde foram resgatadas 200 pessoas em situação análoga à escravidão e ouviu vinicultores e trabalhadores da região.

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