Depois do projeto de reajuste do magistério, o parlamento gaúcho deve debater outra proposta polemica: a reestruturação do Ipê Saúde. O governo Leite ainda estuda alternativas para manter o atendimento do convênio, que apresenta um prejuízo de 400 milhões de reais por ano.
Os deputados que avaliam a situação do instituto terão um encontro com os médicos credenciados na próxima terça-feira. O relator da subcomissão, deputado Thiago Duarte (União Brasil) destaca os problemas com honorários defasados. “Não pode continuar o médico recebendo menos que do que ele tem que pagar no estacionamento do hospital.
Hoje estamos vendo um descredenciamento em massa em algumas regiões do Estado. Só na semana passada foram mais de cem”, revelou. Os médicos do Ipê Saúde devem paralisar as atividades por três dias na próxima semana (10, 11 e 12/04). Consultas e procedimentos hospitalares não serão realizados, apenas atendimento de urgência. A categoria afirma que é um alerta para o Estado reajustar os honorários médicos, o que não acontece há mais de doze anos. “Hospitais não estão mais realizando partos pelo Ipê.
Os médicos tendem a receber 350 reais por parto três meses depois”, explicou o deputado Thiago Duarte. O Instituto de Previdência tem mais de sete mil médicos credenciados. Segundo os deputados, sem uma reestruturação, o instituto vai falir.