Caso de racismo ocorreu durante disputa da La Liga. Foto: Vini Jr./Reprodução

A rodada do fim de semanada La Liga foi marcada por mais um caso de racismo. O alvo foi o brasileiro Vini Jr., que foi chamado de “Mono” (macaco) por torcedores do Valência. O atleta, que não recebeu o apoio da arbitragem no momento e foi ainda expulso nos acréscimos em meio a uma confusão generalizada, recebeu a solidariedade de diversos clubes pelo mundo afora, inclusive do Rio Grande do Sul.

O Sport Club Internacional fez um post na tarde desta segunda-feira (22) manifestando repúdio a toda e qualquer forma de discriminação.

Quem também se manifestou foi o Grêmio, logo após o clássico Grenal. Na postagem, o clube afirmou que “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista.”

O finalista do Gauchão, Caxias, manifestou a solidariedade com o atleta, e desejou que a impunidade do crime acabe.

O representante Gaúcho na Série B, Juventude, também deixou seu apoio ao jogador.

O Real se pronunciou sobre o ocorrido somente nesta segunda (22), mais de 24h depois do ocorrido. O clube disse que recorreu à Procuradoria Geral do Estado para tratar do assunto. Veja o pronunciamento:

“O Real Madrid CF manifesta a sua mais forte repulsa e condena os acontecimentos ocorridos ontem contra o nosso jogador Vinícius Junior.

Esses fatos constituem um ataque direto ao modelo de convivência de nosso Estado social e democrático de direito.

O Real Madrid considera que tais ataques também constituem um crime de ódio, razão pela qual apresentou a denúncia correspondente à Procuradoria-Geral do Estado, especificamente à Procuradoria contra crimes de ódio e discriminação, para que os fatos sejam investigados e apuradas as responsabilidades.

O artigo 124 da Constituição espanhola estabelece as funções do Ministério Público para promover a ação da justiça em defesa da legalidade e dos direitos dos cidadãos e do interesse público.

Por este motivo, e dada a gravidade dos factos ocorridos, o Real Madrid recorreu à Procuradoria Geral do Estado, sem prejuízo do seu carácter privado no processo que está a ser instaurado.”

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