Foto: Corsan/Divulgação

As privatizações de estatais vêm causando polêmica na Assembleia Legislativa. A venda da Trensurb foi cancelada pelo governo federal e a concessão da Corsan provocou um mal estar com o Tribunal de Contas.

A Trensurb, empresa pública federal que transporta mais de 100 mil pessoas por dia, enfrenta problemas de manutenção e estava em processo de privatização. Os metroviários fizeram mobilizações pedindo para o governo lula manter a empresa pública.

O deputado Miguel Rossetto (PT) esteve em Brasília tratando do assunto. O parlamentar confirma que a Trensurb não será privatizada, mantendo a tarifa acessível, subsidiada pelo governo. “ Sem o subsídio federal, a passagem passaria de 4,50 para quase 10 reais, o que é insuportável para nossa população usuária. Com a empresa pública podemos aumentar o sistema. Estamos trabalhando investimentos para outras regiões”, destacou Rossetto.

Para os partidos de oposição, o cancelamento da privatização da Trensurb é um retrocesso no transporte metroviário do Rio Grande do Sul. “Ao longo da história a empresa pública não conseguiu superar as dificuldades. Sem uma parceria privada vai decair a qualidade dos serviços. Eu acho um retrocesso, característico dos governos do PT”, ressaltou o deputado Rodrigo Lorenzoni (PL).

E a privatização de outra estatal provocou um mal estar entre a Assembleia e o Tribiunal de Contas do Estado. Deputados solicitaram acesso aos documentos da auditoria sobre a venda da Corsan, o que foi negado pela conselheira relatora do processo.

“Somente o presidente da Casa poderia ler e ainda colocando coisas como, dependendo da postura, poderia acionar Policia Civil, Ministério Público. Coisas que não estão à altura da boa relação entre as instituições”, observou o deputado Lorenzoni. Os deputados devem convocar a conselheira do Tribunal de Contas e o procurador geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino.

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