A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (28) a Operação Messis, uma ofensiva direcionada ao combate ao contrabando de agrotóxicos de origem estrangeira e aos crimes ambientais decorrentes do transporte ilegal desses produtos. Os agentes da Polícia Federal cumpriram três mandados de busca e apreensão no município de Torres, a fim de coletar provas e desarticular a rede criminosa envolvida nesse comércio ilegal.
A investigação teve seu início na Polícia Civil de Camaquã, após a apreensão de 350 quilos de agrotóxicos de origem estrangeira em agosto de 2022. Posteriormente, o caso foi encaminhado à Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal, devido à natureza federal da competência sobre esse tipo de matéria.
Esquema envolve aquisição no Uruguai e transporte camuflado no Brasil
Segundo informações apuradas, os suspeitos envolvidos no esquema adquiriam os agrotóxicos no Uruguai, visando sua posterior comercialização ilegal no Brasil. As cargas eram transportadas em veículos acompanhados por “batedores”, indivíduos responsáveis por evitar a fiscalização e garantir o sucesso da empreitada criminosa.
Um dos investigados já possui um histórico de envolvimento em atividades ilícitas relacionadas ao contrabando. Ele foi indiciado em três inquéritos pela Polícia Federal, somando mais de meia tonelada de agrotóxicos apreendidos em sua posse. Os demais suspeitos também possuem antecedentes criminais, sendo relacionados a crimes como roubo, receptação e venda ilegal de armas de fogo.
Nome da operação remete à colheita e ao comércio ilegal de defensivos agrícolas
A Operação Messis recebeu seu nome em alusão à palavra colheita em latim. Essa escolha tem a intenção de destacar a atividade agrícola e ressaltar as consequências criminais decorrentes do comércio ilegal de defensivos agrícolas.
Os envolvidos nesse esquema criminoso poderão enfrentar penas severas caso sejam condenados. A soma das penas previstas para os crimes de contrabando e transporte de agrotóxicos sem as exigências legais pode chegar a até nove anos de reclusão, de acordo com a legislação vigente.