O Parque da Redenção, em Porto Alegre, está enfrentando mais uma polêmica, desta vez envolvendo os comerciantes locais. A prefeitura proibiu a realização de feiras na área próxima ao Refúgio do Lago. Os organizadores estão indignados com a decisão de não permitir mais eventos na região do espelho d’água.
De acordo com o despacho da prefeitura, os expositores estariam vendendo os mesmos produtos comercializados pelo Refúgio do Lago, que é o permissionário habilitado da área próxima. A prefeitura ofereceu outros locais dentro do parque como alternativa. No entanto, os feirantes reclamam que estão sendo impedidos de utilizar um espaço público em benefício de interesses privados.
“O contrato de concessão se restringe à área do Refúgio, que antes era a localização do antigo orquidário. Estão extrapolando os limites do Refúgio do Lago, já que estamos sendo impedidos de usar um espaço público”, ressaltou Maiara Hoffmann, coordenadora de Eventos.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Urbanismo (Smamu) alega que foi realizado um estudo com base na frequência de visitantes para mapear o parque. Foram selecionadas três áreas subutilizadas que têm potencial para receber maior público. Entretanto, os feirantes argumentam que essas áreas estão localizadas em meio às árvores e vegetação, tornando-as economicamente inviáveis para a realização das feiras. “Essas áreas pouco movimentadas não são adequadas para sediar feiras. Na verdade, estão nos colocando em lugares expostos à insegurança”, observou Maiara.
Os organizadores das feiras particulares solicitam uma reunião com a prefeitura para discutir uma solução que permita que todos utilizem o espaço público de forma democrática.