Tradicionalistas estiveram visitando, nesta quinta-feira (03), a área do Acampamento Farroupilha e ficaram muito preocupados. Sem infra-estrutura, eles não garantem a instalação dos galpões no Parque da Harmonia, o que deve ocorrer a partir do dia 12. Com isso, a maior festa gaúcha está ameaçada.
Indignados com a indefinição, os piqueteiros realizaram uma manifestação na frente do Tribunal de Justiça. Um recurso está sendo avaliado para retomar os trabalhos de terraplanagem e distribuição da rede elétrica. As obras foram suspensas nesta semana após ambientalistas entrarem com uma liminar alegando danos ambientais na área, como a derrubada de 103 árvores.
“A gente acompanha as obras e do jeito que parou, não tá pronto, não tá em condições. A parte hidráulica e elétrica não estão distribuídas no parque. Ainda falta concluir a terraplanagem. Tem um monte de brita e de areia para ser espalhada. Do jeito que tá,..não vamos conseguir montar nada”, afirmou Rogério Lara, presidente da Associação dos Acampados do Harmonia (Acamparh).
Todos estavam apreensivos, pois faltam nove dias para iniciar a montagem do acampamento. Os tradicionalistas seguem um cronograma o ano inteiro para ficar o mês de setembro no acampamento e agora não sabem o que fazer. Eles aguardam resposta da justiça sobre a retomada das obras.
Alguns propõem o replantio de árvores nativas no parque. “Cada caminhão que chegar para montar um piquete, traz um pé de salseiro crioulo, que é uma árvore nativa, para plantar”, destacou o delegado Cleiton Freitas, o delegado de Polícia que integra o Piquete Campo á Fora, de Porto Alegre.
Durante o protesto, os tradicionalistas foram convocados para uma sessão na Câmara de Vereadores na próxima segunda-feira. Será votada uma moção de apoio aos piquetes do acampamento farroupilha. “Segunda-feira vamos votar. E fiquem ligados: tem vereador que não quer assinar a moção de solidariedade. E é bom dar nome e sobrenome”, observou a vereadora Comandante Nádia.
O recurso que solicita a retomada das obras no parque está com o desembargador Leonel Pires, que não recebeu os manifestantes para não influenciar a decisão judicial.