Demora na distribuição das vacinas e silêncio do ministério da saúde fragilizam atuação do governo no combate a dengue em todo o país.
Com mais de 75 mortes e mais de meio milhão de casos confirmados, deputados da oposição começam a acusar o Presidente Lula de genocida. Muito mais do que guerra de palavras, o fato é que a situação da dengue em todo o Brasil preocupa.
O último informe do ministério da saúde foi em 9 de fevereiro, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o governo federal tem atuado para agilizar a distribuição das doses vacinais, assim como a produção do imunizante no Brasil, para facilitar o atendimento da população. “Nós estamos trabalhando muito nesta questão da vacina. O Butantã se encontra na fase três da produção, que é de dose única, mas o dossiê ainda precisará passar por análise da Anvisa”, explicou.
O Rio Grande do Sul já vive uma epidemia de dengue desde o início de 2024 e, em apenas seis semanas, já foram confirmados mais de 3 mil casos. Esse total é 12 vezes maior do que em 2023, quando no mesmo período foram registrados 263 pacientes com a doença no Estado. Além disso, nos últimos 10 anos, nunca houve uma soma tão alta de casos no início do ano.
Conforme os dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES RS), a macrorregião norte do estado é a que possui a maior quantidade de casos confirmados. Ao todo, somente em 2024, já são 2.047 pacientes que testaram positivo para a doença, na região. Isso representa quase 65% dos casos do Estado.
O Ministério da Saúde anunciou, recentemente, os estados que receberam as primeiras doses da campanha de vacinação contra a dengue, deixando o RS de fora. Somente o Distrito Federal iniciou a vacinação de crianças e adolescentes com idade entre 10 e 11 anos contra a doença.