A Universidade Federal do Rio Grande do Sul sofreu por mais de 30 horas com uma falha no fornecimento de energia. O apagão prejudicou diretamente pesquisas feitas na instituição. Um dos laboratórios mais afetados é o de ensino zootécnico, onde a refrigeração e a climatização foram desligadas. Cerca de cem aves morreram devido ao calor. O prejuízo pode chegar a R$ 200 mil.
A interrupção do fornecimento na linha de transmissão da CEEE Equatorial que atende o campus foi identificada por volta das 14h30min, segundo a empresa. Conforme a companhia, o motivo do problema foi a ruptura de dois cabos subterrâneos, ocorrida durante obra de escavação da empresa CPFL Energia, no pátio de subestação da CPFL. O fornecimento foi restabelecido por volta das 19h desta terça-feira (13), com um novo ponto de suprimento de energia.
Em nota, a CPFL admite o erro e alega que “durante escavações para a obra de expansão da subestação Porto Alegre 6, houve a ruptura acidental de cabos, o que ocasionou a interrupção no fornecimento da linha de transmissão que atende a UFRGS. A empresa está empenhada em resolver a questão o mais breve possível”. A CEEE Equatorial, por sua vez, afirma que “não mediu esforços para o restabelecimento da energia, desde a última madrugada, trabalhando em conjunto com a universidade”.
Os alunos estavam dormindo havia 30 dias no Departamento de Zootecnia, próximos aos animais, para monitorá-los. Eles puderam ouvir e presenciar os frangos agonizando, mas não puderam fazer nada, exceto torcer para o retorno imediato da luz. Faltavam duas semanas para concluir a pesquisa em desenvolvimento sobre nutrição animal, agora totalmente perdida. O prejuízo chega a R$ 150 mil.