O coach Pablo Marçal, que constantemente viraliza e se torna meme na web ao pregar lições sobre prosperidade e “ensinar” a pagar dívidas, deve mais de R$ 16 mil em tributos para a União, conforme publicado pela coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles. Segundo a publicação, os débitos do goiano foram inscritos no sistema da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional em 2023.
Além de vender cursos online, Marçal dá palestras com a promessa de deixar seus seguidores ricos.
O coach se tornou notícia nacional em janeiro de 2022 quando liderou um grupo de 60 pessoas para escalar o Pico dos Marins, no interior de São Paulo, em meio a péssimas condições climáticas. A experiência fazia parte de um curso de autoajuda que ele ministrava, intitulado “O pior ano da sua vida”. Entretanto, o grupo se perdeu no local, a 2.400 metros de altitude, conhecido por seu histórico de acidentes fatais, e precisou ser resgatado pela Polícia Civil.
Já em junho do ano passado, Bruno da Silva Teixeira, que prestava serviços para uma empresa da holding de Marçal, sofreu uma parada cardíaca e morreu enquanto participava de uma “maratona” organizada por Pablo. Não há registros do evento ou qualquer menção sobre o assunto nas redes sociais de Marçal. Entretanto, na época, o coach se manifestou sobre a morte de Bruno: “Mil e trezentas pessoas morrem por dia com problema de coração. Quando um piloto de avião morre, os pilotos que são amigos escrevem o nome do cara e carregam na ombreira. Eu corro todo dia com meu melhor tênis, está escrito o nome dele [Bruno]”.
O coach tentou entrar na carreira política, sendo Bolsonarista. O goiano lançou sua candidatura à Presidência da República, porém acabou concorrendo a deputado federal pelo Pros de São Paulo. Marçal obteve os votos necessários para assumir o mandato, mas a candidatura foi anulada por falta de documentação.
O patrimônio do coach, conforme declaração enviada à Justiça Eleitoral em 2022, é avaliado em R$ 96,9 milhões. Em julho de 2023, Marçal foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) por supostamente ter cometido crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro durante o pleito. Ele nega todas as acusações.