Israel bombardeia Gaza antes da votação no Conselho de Segurança da ONU. Foto: Mahmud Hams

Israel realizou novos ataques aéreos em Gaza pouco antes de uma votação no Conselho de Segurança da ONU sobre um cessar-fogo na região. Testemunhas relataram bombardeios e confrontos noturnos em Gaza City e Khan Younis, acrescentando-se às tensões crescentes.

Aiman Abu Shamali, que perdeu sua esposa e filha em um bombardeio em Zawaida, expressou a situação desesperadora enfrentada pelos civis em Gaza, pedindo alívio dos constantes bombardeios.

Três agências da ONU destacaram a crise humanitária em Gaza, alertando para escassez de alimentos e doenças que poderiam levar a um aumento nas mortes de crianças.

Com mais de um milhão de refugiados palestinos em Rafah, os planos de Israel para uma grande ofensiva terrestre levantam preocupações globalmente, à medida que os esforços para negociar um cessar-fogo se intensificam.

A resolução proposta

A resolução proposta na ONU, apoiada pela Argélia, mas ameaçada com um veto dos EUA, pede um cessar-fogo humanitário imediato e se opõe ao deslocamento forçado de civis palestinos.

Autoridades dos EUA argumentam que essa resolução coloca em risco as negociações por um cessar-fogo mais amplo, incluindo a libertação de reféns mantidos pelo Hamas desde outubro.

As operações militares israelenses visando “eliminar” o Hamas resultaram em um alto número de mortes, predominantemente entre mulheres, adolescentes e crianças.

Os EUA propuseram um texto alternativo apoiando um cessar-fogo temporário em Gaza, alertando contra mais vítimas civis e deslocamentos em Rafah.

A importância de Rafah como uma linha de vida humanitária destaca a urgência de interromper os ataques israelenses para permitir a entrega de ajuda e evitar uma crise humanitária ainda pior.

As tensões crescentes ameaçam prolongar o conflito, com mediadores internacionais correndo contra o tempo para evitar um ataque a Rafah antes do início do Ramadã.

Diante de negociações estagnadas e demandas crescentes, a ameaça de o Hamas se retirar das negociações paira no ar, enquanto manifestantes israelenses aumentam a pressão pela libertação de reféns na fronteira entre Egito e Gaza.

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