A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. Essa é a primeira das investigações da PF contra Bolsonaro que avança para a fase de indiciamento.
Esse indiciamento significa que o processo será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), responsável por decidir se apresenta a denúncia à Justiça ou se arquiva o caso.
Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas, como o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Em relação aos crimes, a corporação acusa Mauro Cid de uso indevido de documento falso.
O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos.
Defesa de Bolsonaro reclama
Por meio do X (antigo Twitter), Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente, reclamou que os “vazamentos continuam aos montes, ou melhor, aos litros”. Constantemente, ele alega que a PF vaza propositalmente informações sobre investigações que circundam Bolsonaro.
Vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros.
É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial. pic.twitter.com/d4WeulpgYc— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) March 19, 2024