Não adianta sonhar ou buscar fórmulas mirabolantes. O governo do Estado não sairá da crise financeira, que se arrasta há décadas, sem sacrifícios. O aperto no cinto costuma provocar traumas. Será preciso aprender a conviver com o orçamento contido para chegar ao equilíbrio. Caso contrário, sucumbiremos no mar de mais endividamentos e pagamento de juros.

Não pode demorar

O governo cumpriu a promessa de ampliar o corte do Imposto sobre Produtos Industrializados de 25% para 35% com a edição de decreto na sexta-feira passada. medida reduzirá em R$ 15,2 bilhões a arrecadação federal este ano. O próximo passo será o benefício chegar ao consumidor final. Não poderá ficar no meio do caminho.

Muito pouco

O Ministério da Saúde informa: apenas 1,8% da população brasileira é doadora regular de sangue, isto é, tem a iniciativa uma vez por ano.

É uma caçada

Partidos políticos correm atrás de candidatos famosos para que concorram à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas. Vale tudo: cantor brega, líder de torcida, apresentador de rádio e TV, ator, jogador de futebol, porta-bandeira de escola de samba, entre muitos outros. Em 2006, o costureiro Clodovil somou 495 mil votos e chegou à Câmara. O forrozeiro Frank Aguiar, que vendeu mais de 1 milhão de cópias, fez 150 mil votos em São Paulo. A lista é longa.   

Cenário inadequado

Falta consistência aos partidos. Sem programas claramente identificados, a escolha dos eleitores tende a ocorrer mais em torno de pessoas. As campanhas acabam se desviando para personalismos.

Mudança de estilo

Nove entre cada dez marqueteiros têm a mesma opinião: Geraldo Alckmin, desde o começo da carreira política até agora, não fala para as massas. No PSB, será cobrado pela deficiência. Precisará fazer um curso rápido.  

Ensinamento com limite

Estarão abertas até 3 de julho as inscrições de alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental para o curso Câmara Mirim, a ser realizado de forma virtual. Pretende dar a chance de vivenciar as atividades dos deputados federais, desde a elaboração de projetos de lei até a fase de debate e votação no plenário. Há dúvida sobre a inclusão do capítulo sobre maus hábitos de muitos parlamentares que pensam mais no interesse pessoal do que no público.

Atrasada como sempre

A 3 de maio de 1982, um dia após o submarino inglês Conqueror ter afundado o navio argentino General Belgrano, a Organização das Nações Unidas despertou. O secretário-geral, Javier Peres de Cuellar, anunciou que tentaria mediar o conflito pela pose das Ilhas Malvinas, denominada Falklands pela Inglaterra.

Este ano, a ONU demorou mais: só dois meses depois de iniciada a agressão da Rússia contra a Ucrânia tomou alguma iniciativa de entendimento, sem resultados por enquanto.  

Balança se movimenta

Dados da Organização Mundial do Comércio indicam a derrocada da Economia de vários países afetados pelo conflito europeu. Acrescentam-se os efeitos nefastos da Covid-19 na China, que estão impondo uma nova forma de avaliação da realidade no cenário internacional. O momento de imprevisibilidade aponta para uma nova ordem global sem a certeza sobre qual será o país hegemônico.

Método vingativo

Do jornal El País, de Madri: “O oligarca russo Oleg Tinkov perdeu seu banco por criticar a ofensiva de Vladimir Putin. O financista, que vive escondido por medo de ser assassinado, afirma que foi obrigado a vender os 35% que controlava na empresa para outro oligarca por um preço ridículo em represália às suas palavras.”

Para perpetuar a prática

Putin está com todos os elementos disponíveis em seu arquivo para escrever o livro “Meu estilo imperial, autocrático e violento de governar.”

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