O mundo imaginário: você define, sua equipe responde rápido, e a concorrência fica imobilizada.

O mundo real: você define, sua equipe não responde com qualidade e velocidade, a concorrência contra-ataca e faz gol.

A falta de consistência na resposta do seu time manterá seu negócio sustentável? Você sabe que na vida – como nos negócios, e até mesmo nos debates eleitorais – tudo é uma questão de timing. A ausência de respostas rápidas determina a diferença entre a vitória e a derrota.

Numa disputa, surpreender o adversário, imobilizando sua reação, muitas vezes é a chave da vitória. Assim Davi venceu Golias, o gigante filisteu, usando as ferramentas de um pastor, e não as armas de um soldado.

No final do dia, o sucesso será medido por sua capacidade de:

  1. inovar naquilo que é de valor, com singularidade;
  2. sustentar pelo maior tempo possível o diferencial competitivo.

Os vikings há alguns séculos já ensinavam que a parede formada pelo bloco de escudos suporta com menos sacrifícios as agressões no campo de batalha. Essa verdade ainda se mostra potente para neutralizar a pressão dos canais, concorrentes, e até mesmo dos clientes. A única certeza é que as pessoas não compram mais produtos, e sim a solução mais conveniente. Pense se tem gente no seu time que (ainda) não se convenceu desse pequeno detalhe.

Cabe ao líder a condução da transformação do modelo de consideração e atuação da organização, a partir da introdução de um novo mindset cultural. Nunca esqueça que o comportamento das pessoas, do grupo social, enfim, da sua roda de amigos, é consequência da prática de crenças e valores culturais compactuados.

A má notícia: um maestro não consegue dar o seu melhor se os músicos não quiserem se superar. O melhor profissional de ontem não é mais suficiente hoje. Não se consegue amplificar mercado com pessoas despreparadas, inseguras e desmotivadas.

Quatro coisas que você deve considerar antes de iniciar a travessia de A para B:

  1. Qual o melhor caminho para chegar lá?
  2. O que você (realmente) acredita que fará a diferença?
  3. O que você ainda não sabe?
  4. Quem está com você?

Não existe planejamento que controle o imponderável. Conhecer o padrão de resposta emocional de quem está ao seu lado é decisivo. É necessário vontade e coragem para a construção de uma organização harmônica, que produza na sua rotina música, e não barulho.

Respostas rápidas, no foco, transformam a realidade. Times sem a competência mínima desmancham estratégias, por mais consistentes que elas sejam.

Evoluir é navegar rumo ao desconhecido, natural que gere momentos de profunda ansiedade e solidão. O risco do CEO está em apostar nos “executivos espumadores”, que prometem entregar o conhecimento até então indisponível na organização. A verdade é que por trás do “novo” se esconde a “não experiência”. Conclusão: 99% jamais fizeram algo de sucesso, ao contrário, só fazem “espuma”.

James Hunter, no brilhante “O Monge e o Executivo”, afirma que “para liderar você deve estar disposto a servir”. Aposte em quem tem sede de aprender, não economize em trazer profissionais melhores que você. O verdadeiro líder inspira, e anda atrás.

 

*Artigo de João Satt Filho, estrategista e conselheiro de administração

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