Primeiro, o Congresso aprovou o aumento do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões e 100 milhões, utilizado em 2018 e 2020, para R$ 5 bilhões e 700 milhões na campanha de 2022. O presidente Jair Bolsonaro rejeitou e os parlamentares derrubaram o veto. Terça-feira, decidiram baixar para R$ 4 bilhões e 900 milhões, como se tivessem feito um grande favor. Uma tentativa de agrado à opinião pública… Ninguém cai na armadilha.

Destinação do dinheiro

O Fundo Eleitoral, dinheiro do Tesouro Nacional que recolhe impostos, cobrirá gastos para alugueis de jatinhos, hospedagens em hotéis cinco estrelas, impressão de material de propaganda, produção dos programas de TV ao estilo Hollywood e por aí em diante.

Em um país com tanta pobreza, condição semelhante deveria ser seguida pelos candidatos.

Pergunta provável

Durante a campanha, candidatos com sapato de couro europeu chegarão nas vilas carentes para fazerem promessas. Deverão ouvir: “Então, o senhor pegou dinheiro dos nossos impostos e vem aqui com carro do ano para nos garantir que tudo vai melhorar?”

 

Quase no fundo do poço

O Orçamento de 2022, com valor total de R$ 4 trilhões e 820 bilhões, prevê investimentos públicos de R$ 44 bilhões, o menor da história. É o que vai sobrar para aplicação em rodoviárias, ferroviárias e portos; produção de energia e transporte; serviços básicos de água e saneamento; comunicações e telecomunicações e em equipamentos de saúde, educação, desporto, pesquisa e desenvolvimento.

Ao longo de décadas, outras rubricas avançaram sobre o que é fundamental para o desenvolvimento do país e poucos protestaram.

Está comprovado

A segurança do sistema aéreo é atribuição bem desempenhada pelo Ministério da Aeronáutica. Porém, por décadas consagrou-se o conceito de que só o poder público poderia administrar os aeroportos.  Exemplos vindos países do Primeiro Mundo e a falta de recursos dos governos fizeram com que, mais recentemente, ocorressem mudanças.

Vai impulsionar

A Agência Nacional de Aviação Civil aprovou, na terça-feira, os estudos finais da sétima rodada de concessões, que vão transferir 16 aeroportos à iniciativa privada em 2022. Só no pacote que inclui os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, o Ministério da Infraestrutura espera receber R$ 8 bilhões e 600 milhões.

 

Radiografia assustadora

A origem da dívida do governo federal nos leva a 1824, quando obteve empréstimo de 3 milhões de libras esterlinas. O valor serviria para cobrir despesas do período colonial. Na prática, significava o pagamento a Portugal pelo reconhecimento da Independência. Em 1829, foi realizado novo empréstimo. Fechado contrato, o Brasil recebeu apenas 52%. Os 48% restantes serviram para cobrir os juros da dívida anterior. A partir daí, tristemente, não parou de descer a ladeira e hoje ultrapassa R$ 5 trilhões.

Tratamento diferenciado

O jornalista Paulo Alceu, em sua coluna no site ndmais.com.br, descreve: “Para entrar na Câmara dos Deputados, em Brasília, que retornou às atividades presenciais, é preciso passaporte da vacina. Tem que comprovar que foi vacinado. Se não, não entra. Mas essa determinação não vale para os parlamentares. Pois é, eles não precisam comprovar que tomaram vacina. Só os seres humanos, como servidores públicos, jornalistas, visitantes, autoridades. A determinação partiu da mesa diretora. Ou seja, a regra do comprovante de vacinação isenta os deputados. Imagina se de repente devido a exigência é revelado que muitos deles não tomaram a vacina…”

Inércia e irresponsabilidade

Presidentes das maiores potências do mundo poderão se reunir inúmeras vezes ainda, mas não entenderão o que os cientistas atestam: “A poluição que aquece o planeta por causa da queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas já elevou as temperaturas globais em mais de 1,1 grau Celsius. Mas os efeitos são particularmente profundos nos polos, onde o aumento das temperaturas vem minando seriamente regiões até então cobertas de gelo.”

Incontestável

Filosofia de para-choque de caminhão: a única coisa que demagogos têm feito pelos necessitados é não se tornar um deles”.

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