Temos no Brasil hoje cerca de 13 milhões de desempregados. Junto com os números desanimadores de cada relatório do IBGE um novo segmento passou a fazer parte das estatísticas: o dos “desalentados”, gente que cansou de procurar oportunidades e acaba desistindo, rendendo-se à resignação. São em torno de 4 milhões de pessoas nesta triste condição. Mas entidades ligadas à formação e colocação de mão de obra dizem que a situação seria bem diferente se o nível de educação fosse outro.
No programa Cruzando as Conversas desta segunda-feira (11), dirigentes do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) e da Diretoria de Trabalho da Prefeitura de Porto Alegre foram unânimes em afirmar que a falta de qualificação dos trabalhadores, tanto no que ser refere à educação básica quanto à formação profissional são determinantes para o não preenchimento de vagas que existem mas não recebem candidatos à altura das tarefas.
A recessão econômica naturalmente influencia o quadro na medida que impõe restrições aos setores produtivos. Mas os participantes do programa enfatizaram que a baixa escolaridade, a falta de informação sobre cursos profissionalizantes e falta de empenho pessoal e das famílias em buscar ou estimular a qualificação são fatores que precisam ser enfrentados.