Este ano, direções partidárias não pretendem que os marqueteiros apareçam tanto como os candidatos. Um dos exemplos, entre outros: em 2002, Duda Mendonça, contratado por Luiz Inácio Lula da Silva, e Nizan Guanaes por José Serra, desfilaram na passarela com holofotes da Imprensa.

Mudou o hábito

Nas campanhas mais recentes dos grandes partidos, reuniões de planejamento que demoravam horas têm sido substituídas por soluções objetivas. Antes, cada proposta era explicada e interpretada várias vezes. Passou a prevalecer o ditado: manda quem pode, obedece que tem juízo.

Pode ficar só na intenção

Durante a campanha de 2006, o candidato Geraldo Alckmin espalhou faixas de Norte a Sul do País com a frase: “Penso, logo voto.” Quer repeti-la este ano, mas terá de passar pelo filtro de assessores do PT.

Problema não é recente

Este colunista guarda em seu arquivo artigo do professor Oswaldo Ferreira Valente, publicado pelo jornal Estado de Minas, a 22 de março de 2006, com o título O petróleo ainda é nosso?

Um trecho: “Por que a Petrobras tem de repassar o seu produto ao mercado brasileiro por um preço muito acima do seu custo de produção? Ou o custo de produção não é tão baixo como parece ser? Por que o segredo em torno dos custos da Petrobras? Se ela não pode me dizer os seus custos reais, então eu não tenho como defender o seu comportamento, pois o petróleo passou a ser só dela e de seus acionistas. Certo? Não, dirão os especialistas, e passarão a desfiar a lengalenga da inserção internacional, da necessidade de lucros para investir (e certamente para lucrar mais), ou seja, tentarão me provar que eu não tenho outra alternativa senão defender os interesses da Petrobras e aplaudir os R$ 23,7 bilhões de lucro em 2005, valor quase igual ao Orçamento de Minas Gerais e que comprovam os custos baixos da produção”.

Passados 16 anos, nada mudou.

Risco da porta aberta

Resultado de levantamento da Surfshark, empresa de privacidade e segurança online: de janeiro a novembro do ano passado, 24 milhões e 200 mil perfis de brasileiros tiveram as informações expostas na Internet a partir de ataques ou brechas em sistemas. O Brasil fica na sexta posição entre os países com mais vazamentos de dados, atrás dos Estados Unidos, do Irã e da Índia.

Diferença visível

O Dia Nacional do Livro Infantil foi discretamente assinalado na última segunda-feira. Homenagem ao nascimento do escritor Monteiro Lobato em 1882. Este colunista conversou com autores, comentaristas e educadores. Opinião unânime: na adolescência, fica muito visível distinguir a capacidade e a evolução das crianças que adquiriram cedo o hábito da convivência com os livros.

Próximo do descaso

O primeiro incentivo à leitura deve ocorrer em casa. Quando não é possível, a escola se torna a segunda chance. Das 180 mil escolas brasileiras, 98 mil não têm biblioteca ou sala de leitura. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Os responsáveis por investimentos em escolas públicas e particulares devem ter outras prioridades…

Ilha da fantasia

Amanhã, Brasília completará 62 anos. O Correio Braziliense, há 10 anos, publicou:

“Nada, na nova capital do país, era gratuito. A cidade e seus palácios preexistiram em sonho, em expedições científicas, em preceitos urbanísticos e em cálculo estrutural”.

Para a construção, foi montada a operação caça ao dinheiro, recolhido em todos os cofres do setor público. Com a promessa, é claro, de que haveria devolução. Nunca aconteceu.

Absurdo na escala máxima

1) Os ataques à Ucrânia quadruplicaram ontem. 2) Vladimir Putin protestou porque tropas ucranianas dispararam contra povoado russo a quatro quilômetros da fronteira.

Quer dizer, as forças do czar podem matar e despejar 4 milhões de pessoas de suas casas. Os atingidos devem permanecer em silêncio.

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