No site da Folha de São Paulo ontem: “Alckmin exalta Lula aos gritos em evento com centrais sindicais.” Em suas campanhas anteriores à Presidência, nunca gritou.
Dinheiro não nasce em árvore
A Instituição Fiscal Independente é um órgão vinculado ao Senado com o objetivo de aumentar a transparência das contas públicas do país. O mais recente relatório demonstra que, no mês passado, as emissões da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna atingiram R$ 78 bilhões e 600 milhões. Dinheiro necessário para que o governo cumprisse com suas obrigações e sobre o qual pagará juros.
Visão interna
Opinião da Federação Única dos Petroleiros sobre o novo Conselho de Administração da Petrobras para o período 2022-2024: “Representa mais do mesmo. Uma direção para manter a mesma política equivocada do Preço de Paridade de Importação (PPI), tão defendido por agentes do mercado e tão nocivo aos brasileiros.”
Falta explicar
O PPI, em vigor desde outubro de 2016, reajusta os preços dos combustíveis com base na cotação internacional do petróleo, variação cambial e custos de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente na produção de óleo.
Cabe acrescentar: a aplicação do PPI não é lei.
Volta às origens
A Federação Única dos Petroleiros lançou, esta semana, a campanha “Vamos abrasileirar o combustível. A Petrobras é Real.” Argumenta: “A população não aguenta mais pagar em dólar por combustíveis que são produzidos no Brasil, em Real. Para acabar com a dolarização dos preços dos derivados de petróleo é preciso fortalecer a Petrobrás para que ela volte a atuar como empresa pública, comprometida com a soberania nacional e os interesses do povo brasileiro.”
Ajeitaram uma armadilha
Sergio Moro, filiado ao União pelo Brasil, veio a Porto Alegre, esta semana, participar de encontro destinado a ouvir candidatos à Presidência da República. Ontem, a executiva nacional do seu partido lançou o deputado federal Luciano Bivar para concorrer ao Palácio do Planalto. O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça não foi consultado…
Nem precisam teorizar
Membros do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados, que analisa a adoção do Semipresidencialismo, afirmam que são necessárias novas reformas para reduzir a quantidade de partidos políticos. Hoje, há 33 registrados. Muito simples: basta cortar 80% do repasse do generoso fundo partidário que muitos pedirão para sair do jogo, pendurando as chuteiras. Mantêm-se para levar vantagens, nada mais.
Há décadas
A cada tragédia provocada por enchentes e desmoronamentos em vários pontos, governadores rodam a gravação: “Providências serão imediatamente tomadas. A desídia, o descaso e a irresponsabilidade serão objeto de rigorosa investigação e todos os culpados serão exemplarmente punidos”.
Cá para nós: paciência tem limite.
Risco continua
Repórteres da Agência France Press narram: “Em Xangai, moradores dormem no escritório e racionam comida para sobreviver em meio ao confinamento. A capital econômica da China enfrenta seu maior surto de covid-19. Autoridades confinaram quase a totalidade dos 25 milhões de habitantes em suas casas há mais de duas semanas.”
Distância condenável
Este colunista, nos últimos dias, tem conferido o site da Organização Mundial da Saúde em busca de informações sobre medidas voltadas à situação de Xangai. Nada. Repete a atitude de 2020, quando começou a pandemia. Fica evidente o medo de molestar a potência amiga.
Quem segura o czar?
Michael Gerson, colunista do Washington Post, previu ontem: “Os países bálticos vão se tornar o próximo alvo se Putin não for detido.” Inclui a Estônia, a Letônia e a Lituânia. Em 1940, após acordo com a Alemanha, os soviéticos anexaram as três nações, que passaram a fazer parte da União Soviética. Em 1991, com o colapso comunista, tornaram-se independentes. Agora, Putin quer reconquistar a região. Tática dos tempos bárbaros.