Outro tipo de vírus

Há textos que são lidos e provocam admiração. Ontem, o Diário de Pernambuco publicou artigo assinado pelo médico Rubens Bollos e pela educadora Januária Alves. Alguns trechos:

“Não bastasse a luta para combater a Covid-19, os habitantes do mundo inteiro se viram às voltas com um outro tipo de vírus, tão letal quanto este: o vírus da desinformação. Em abril de 2020, a Organização Mundial da Saúde  alertou o planeta sobre os perigos da difusão massiva de desinformação, mentiras e rumores sobre a pandemia, comprometendo o acesso a dados com respaldo de cientistas e autoridades sanitárias e revelando uma nova  ameaça à vida humana. Essa ‘doença’ foi batizada de infodemia.”

Geram pânico

Seguem os articulistas: “De lá para cá ela só cresceu, tornando-se um problema de difícil solução, dada a rapidez com que as chamadas fake news se disseminam, gerando pânico nas populações, provocando problemas de saúde mental, causados, dentre outros fatores associados à pandemia, pelo excesso de notícias contraditórias propagadas nas mídias.”

Consequência

Adiante, acrescentam: “Boa parte de um quadro de ansiedade generalizada e de perturbação deve-se à infodemia: sete em cada dez internautas brasileiros, (cerca de 100 milhões de pessoas), acreditaram em ao menos uma notícia falsa a respeito da pandemia de coronavírus, segundo pesquisa da Avaaz.”

Informação cura

Conclusão do texto de Rubens e Januária: “A complexidade e a ameaça da infodemia devem nos inspirar para que as instituições e todos nós, cidadãos brasileiros, façamos a nossa parte. Ações eficientes nesse contexto que estamos vivendo passam, via de regra, pela crença na Ciência; pela divulgação científica em linguagem clara e acessível a todos, e especialmente, pela vontade de compartilhar saberes e conhecimentos de maneira ética e responsável. Informação cura: está aí uma das poucas verdades que não podemos questionar.”

O que fazer

A Comissão Especial para Adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, presidida pelo deputado Frederico Antunes, promoveu, quarta-feira, encontro de visões diferentes sobre a dívida pública e as alternativas para a superação da crise financeira. Uma das manifestações mais lúcidas foi do economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, ao dizer que “não se pode mais empurrar o problema da dívida com a barriga e nem brigar com a matemática. Dívida é herança geracional. Se não resolvermos agora, vamos deixar para nossos filhos e netos”.

Sem calote

Desde ontem, a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) passou a ser administrada pelo Grupo Equatorial Energia, atendendo 1 milhão e 600 mil clientes em 72 municípios da Grande Porto Alegre e das regiões Sul, Campanha e Litoral. Garantia de que o repasse de 1 bilhão e 300 milhões de reais de ICMS chegará ao cofre da Secretaria da Fazenda, o que não ocorria quando o controle era da estatal.

Empurrando com a barriga

O Senado discute hoje pela manhã o impacto de projetos de lei que permitem renegociação de dívidas tributárias e fiscais. Sobre a reforma profunda, esperada há mais de 20 anos, nada. Daria muito trabalho para Suas Excelências…

Combustível famoso

Criado em 1965, como uma das formas de financiamento, o Fundo Partidário sai do Tesouro Nacional e é depositado mensalmente na conta de cada legenda pelo Tribunal Superior Eleitoral. Este ano, o valor total é de 979 milhões e 442 mil reais.

Na caixa registradora

Atualmente, 33 siglas estão registradas no Tribunal e 23 recebem os recursos: Avante, DEM, MDB, Novo, Patri, PC do B, PDT, Pode, PP, PPS, PR, PRB, Pros, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PT, PTB, PV e Solidariedade.

As siglas Rede, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e PTC  ficaram de fora da divisão dos recursos, pois não cumpriram, nas eleições 2018, os requisitos fixados na cláusula de desempenho que estabeleceu novas normas de acesso dos partidos aos recursos do Fundo Partidário.

Finalmente

A volta das torcidas aos estádios em Minas Gerais foi liberada pelo governo estadual. O secretário de Saúde, Fábio Bacheretti, confirmou ontem que para os municípios que estão na onda verde do programa Minas Consciente não há limite da presença de pessoas em eventos, incluindo jogos de futebolPorém, deve haver distanciamento mínimo de 1 metro e meio, medidas de higiene e uso de máscara.

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