O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou ontem aos países para que trabalhem juntos na redução das emissões de gases de efeito estufa ao redor do mundo. Foi direto: “Estamos na luta de nossas vidas e estamos perdendo. As emissões e as temperaturas globais continuam subindo. Nosso planeta se aproxima rapidamente de pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível”.

Os pedidos anteriores entraram por um ouvido e saíram pelo outro.

Contraste

A declaração de Guterres foi feita durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que se realiza em Sharm el-Sheikh, cidade turística do Egito, no extremo Sul do Deserto do Sinai. Suas praias têm águas cristalinas e recifes de corais encantadores. Já estive na região.

Conversa de sempre

A escolha do local paradisíaco para a reunião de mais de 100 chefes de Estados chega a ser uma ironia. Vamos acompanhar promessas e mentiras das 19 maiores economias do mundo, responsáveis por 80 por cento das emissões globais de gases de efeito estufa, que causam o agravamento do aquecimento e as mudanças climáticas.

Exemplo ajuda?

Talvez, olhando as condições de Sharm el-Sheikh, venham a se convencer que mares e oceanos não precisam se transformar em lixeiras, como ocorre nas últimas décadas. A tarefa dos governos é básica no sentido de transmitir às populações a tarefa de cada um. Sabe-se qual o destino dos plásticos e outros objetos jogados num córrego, num riacho, num rio. O acúmulo é fatal para a vida submarina.

Que a limpeza das praias egípcias inspire e sirva de modelo.

Riqueza disponível

O Brasil precisa aproveitar o encontro no Egito para mostrar ao mundo o potencial que tem para a geração de energia limpa, 100% renovável e barata. Os aerogeradores, instalados no mar, funcionam em vários países. Na costa com ventos, o potencial eólico brasileiro corresponde a 50 usinas de Itaipu. Só faltam investimentos, que precisam ser buscados no exterior.

Em andamento

Existe a possibilidade de o deputado federal reeleito Afonso Motta ser convidado para integrar o futuro secretariado estadual. O PDT passaria para a base do governo na Assembleia Legislativa e a suplente Juliana Brizola assumiria a vaga na Câmara dos Deputados.

Mal que se espalha

O jornal The Washington Post publicou ontem reportagem com o título: “Por que tantas pessoas acreditam em fake news e mentiras: A culpa é do cérebro”. Um dos trechos: “Desmascarar a fake news por si só não é suficiente para combater a desinformação – também precisamos preparar nossos cérebros para reconhecer a desinformação. É muito parecido com a maneira como uma vacina funciona, ela fortalece e inocula nosso sistema imunológico contra um invasor, temos que inocular e fortalecer nosso sistema psicológico contra a desinformação viral.”

Não sabe punir

Usar o telefone celular, enquanto dirige veículo, tornou-se a terceira maior causa de mortes e infração gravíssima de trânsito no País. Considerada de natureza gravíssima, a multa não passa de R$ 293,47 com a perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Projeto no Senado quer dobrar o valor. Ainda será pouco.

Há coerência

Em março de 1864, o Partido Republicano surgiu nos Estados Unidos. O símbolo oficial, um elefante, foi publicado pela primeira vez a 8 de novembro de 1874, na revista Harper’s Weekly. Até hoje, permanece o mesmo. Nem o nome, nem o símbolo, nem os seus princípios mudaram. Filiados não saltam para o Partido Democrata. Bem diferente do que acontece em outros países, incluindo o Brasil, onde o carrossel de siglas e programas giram sem parar.

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