Alô, ministro Guedes

Não é só o arroz. Muitos outros produtos de alimentação subiram desde o surgimento da pandemia. Os preços começam a dilapidar o orçamento doméstico.

Irrealizável

O sonho de nove entre cada dez governantes seria poder perguntar: como gastar os enormes e crescentes superávits fiscais?

Indispensável

A Confederação Nacional dos Municípios promoverá, entre os dias 23 e 30 deste mês, o 1º Encontro de Prefeitos Eleitos. Não consta do programa, mas devem ser incluídas aulas sobre convivência com a crise, dedicando tempo para prescrição de remédios amargos e adoção de medidas traumáticas.

Diante do problema

A cada encontro em Brasília, secretários da Fazenda de Estados endividados repetem a afirmação: “O futuro chegou.” Em seguida vem a pergunta: “Como pagar a conta?”

Anomalia

As redes sociais abriram espaços para perfis falsos. Não faltaram artifícios enganosos para atrair eleitores desavisados.

Silenciam

É surpreendente que não percebam e nem contestem: desde 1891, a escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal, feita exclusivamente pelo presidente da República, altera a plena autonomia da instituição.

Zona de grande perigo

A revelação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, não poderá sair um minuto do raio de investigações: domingo, houve 436 mil tentativas de conexão simultânea para derrubar o sistema de informática durante a votação.

Falou ao vento

Após um mandato de senador e dois como deputado federal, o economista Roberto Campos deixou a vida pública. No discurso de despedida da Câmara, em 1999, afirmou:

“Nossa Constituição é intervencionista no econômico, utópica no social e rígida no político. Ampliou os monopólios estatais, exagerou na carga fiscal, engessou as relações trabalhistas e criou um sistema previdenciário que é uma briga com o cálculo atuarial.”

Os parlamentares que concordaram nada fizeram.

Manobras

O que atrapalha o Brasil é o câmbio. Às vezes, governantes engatam a ré.

Efeito da pandemia

A Câmara de Ensino da Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina aprovou, quarta-feira, a adoção de processo seletivo não presencial para ingresso de estudantes em 2021. A ocupação de vagas nos cursos de graduação será assim distribuída: 30 por cento destinadas para preenchimento através do Sistema de Seleção Unificada e 70 por cento por meio de processo seletivo não presencial, que utilizará como critério a nota que o candidato obteve nas edições do Enem. Para se tornarem definitivas, as decisões deverão passar por análise e aprovação do Conselho Universitário, que se reunirá nos próximos dias.

Bom instrumento

O governador Eduardo Leite sancionou a lei que institui a Política Estadual de Transparência nas Ações de Combate ao Coronavírus. Em outubro, a Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade a proposta dos parlamentares Giuseppe Riesgo, Fábio Ostermann e Silvana Covatti.

Pouco mais de paciência

Pesquisadores do Laboratório de Inteligência em Saúde da Universidade de São Paulo apontam para o surgimento da segunda onda da pandemia e nem saímos da primeira.

Considerar-se cansado do isolamento ou do uso da máscara não resolve nada. A negação do cenário e as atitudes individualistas só vão agravar as consequências da pandemia.

Esportiva

Exemplo do descalabro, que não se restringe ao setor público: o atacante Fred estava cobrando 77 milhões de reais do Cruzeiro. Ontem, houve acordo na Justiça do Trabalho e o valor veio para 25 milhões. A dívida do clube mineiro, quebrado por péssimas gestões, totaliza 1 bilhão de reais. Pobres torcedores apaixonados que pagarão a conta por muito tempo.

Modelo não funcionou

Donald Trump mostrou que precisava do conflito para sobreviver. Estimulou preconceitos e o primitivismo político. Quis atropelar tudo: a lei, a verdade e o decoro. Pagou caro.

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