Arte de complicar
O Troféu Trapalhada do Ano tem um candidato que dificilmente será superado: Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência da República entre junho de 2020 e março de 2021. Depois de ser convidado a deixar o cargo, poderia ter seguido conselho de amigos, indo para uma temporada em Panaquatira, praia do litoral do Maranhão. Porém, preferiu procurar a revista Veja para conceder uma entrevista, publicada no último fim de semana. A pretensão aparente era defender o ex-Chefe. Transformou-se em passaporte para depor na CPI da Pandemia.
Ficou tonto
Às 10h de ontem, Wajngarten entrou no ringue para se defrontar com pesos pesados do Senado. Os integrantes da oposição na CPI começaram a cobrar nomes e circunstâncias citadas na entrevista, a exigir a quebra de seu sigilo bancário e telefônico, a ponto de o ex-secretário começar a se perder. A cada novo round, a pressão crescia. Alguns insistiam que ele estava mentindo. Outros pediam a sua prisão imediata.
Em socorro
Extenuado e quase indo a nocaute, foi salvo pelo senador Flávio Bolsonaro que surgiu em cena às 17h. Mesmo não integrando a CPI, fez soar o gongo de interrupção da disputa ao chamar seu colega Renan Calheiros de vagabundo.
Lance explosivo
Próximo passo da oposição na CPI da Pandemia: convidar o presidente Jair Bolsonaro a depor.
Para evitar novas tragédias
O fracasso da Organização Mundial da Saúde foi comprovado mais vez quando uma comissão de estudo sobre a pandemia apresentou, ontem, relatório com sugestões.
Uma delas: a criação de um novo sistema global transparente para apurar surtos de doenças. Acrescentou que a “Organização deveria ter declarado o novo surto de covid-19 na China uma emergência internacional antes de 30 de janeiro de 2020, mas o mês seguinte foi perdido porque os países não adotaram medidas fortes para deter a disseminação do vírus”.
Fio de esperança
O Índice de Confiança do Empresário Industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria, subiu 4,8 pontos em maio, na comparação com abril, rompendo sequência de quatro quedas consecutivas. O indicador atingiu 58,4 pontos, em uma escala de 0 a 100, sendo 50 pontos a linha de corte entre a confiança e a falta de confiança. O crescimento reverte parte da queda ocorrida entre janeiro e abril deste ano de 9,4 pontos.
Para evitar o pior
Economistas prevêem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo não ficará abaixo de 5,1 por cento este ano. A meta do Banco Central, em janeiro, era de 3,75 por cento. As maiores pressões se concentram no setor de combustíveis, que subiu quase 20 por cento no primeiro trimestre de 2021, e dos preços de alimentos e bebidas, que devem acumular alta de 6,7 por cento em todo o ano. São os dados oficiais. Quem vai às compras sabe que os aumentos vão muito além.
O governo adia a necessária intervenção. Por meio de diálogo, deve pressionar cadeias produtivas para lembrar do pacto firmado no começo do Plano Real.
Começa a despertar
Com exceção da Broadway, que só subirá as cortinas dos seus palcos em 14 de setembro, a cidade de Nova York recuperará a plena atividade a partir do dia 19 deste mês. Na próxima segunda-feira, o metrô voltará a funcionar 24 horas, depois de um ano fechado durante a madrugada.
Restaurantes, escritórios, lojas, museus, barbearias, parques de diversões, academias de ginástica e instalações esportivas poderão funcionar a pleno vapor pela primeira vez em 14 meses.