Começa a pesar
Cresce entre consumidores de produtos alimentícios a percepção da elevação dos preços. São evidências que as pesquisas dos índices oficiais ignoram.
Inércia não ajuda
Quando a alta de preços ressurge, o governo precisa compreender: qualquer medida de precaução é melhor do que nenhuma.
Poder imperial
O presidente da Câmara dos Deputados tem como principal prerrogativa definir os projetos que vão ou não para votação. Ele pode acelerar pautas importantes ou sentar em cima de alguns indefinidamente. A última opção tem sido a preferida. Não há exemplos mais evidentes do que as reformas.
Chega à maioridade
Em maio, a Lei de Responsabilidade Fiscal completará 21 anos. O Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais precisam avaliar seus efeitos.
O que deveria ser
No momento da aprovação, foi considerada de importância histórica. Todos acreditavam que a Lei de Responsabilidade Fiscal encerraria o capítulo da impunidade para escândalos no setor público. Transformaria em rotina o que era uma exceção: o cuidado na aplicação do dinheiro arrecadado dos impostos.
Sem freios
A Lei de Responsabilidade Fiscal traria, como consequência, o restabelecimento da saúde financeira dos governos, ao impor regras para inibir o crescimento da dívida pública.
A propósito de dívida, o placar eletrônico jurometro.com.br, hoje pela manhã, registrava 1 bilhão e 680 milhões de reais. Valor desembolsado pelo governo federal, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar o que deve. Como sempre, depois da festa, a conta deve ser paga.
Na linha de risco
Responsáveis pelo setor público desafiam a afirmação: é preciso apressar as reformas estruturais, antes que o colapso nos surpreenda.
Esforço quase perdido
A cada começo de governo, o Palácio do Planalto emite sinais de que as embaixadas e consulados no exterior vão se tornar também escritórios para abrir mercados e dar suporte a novos negócios. Com o passar do tempo, o projeto perde força até ser retomado na gestão seguinte. Porém, é indiscutível que o progresso brasileiro depende em grande parte do êxito das exportações.
Vocação exemplar
No próximo sábado, serão assinalados 70 anos do final da gestão do governador do Estado, Walter Jobim. Ao longo da carreira, foi juiz e promotor público em vários municípios, passando depois à advocacia. Ocupou as secretarias estaduais de Viação e Obras Públicas e do Interior e Justiça. Na eleição de 19 de janeiro de 1947, obteve a vitória com 42,1 por cento dos votos, concorrendo pelo Partido Social Democrático. Governou o Rio Grande do Sul de 26 de março de 1947 a 30 de janeiro de 1951. Participou das Revoluções de 1923, 1930 e 1932. Exerceu ainda as funções de embaixador no Uruguai e deputado federal.
Administrador com resultados
Entre muitas realizações de Walter Jobim, constam:
1) a criação da Comissão Estadual de Energia Elétrica, que elaborou o plano de eletrificação, abrangendo a zona rural.
2) o surgimento do Departamento Autônomo de Carvão Mineral, visando estimular a produção de carvão para suprir a Viação Férrea Riograndense, até então bastante onerada pela importação de combustível.
3) A construção de grandes estradas-tronco e barragens em diversos rios, o que melhorou a irrigação das lavouras.