É preciso encontrar a bússola
Quando vemos o ensaio da alta de preços, cabe lembrar trecho de artigo do economista Roberto Campos, escrito em 1994:
“Há duas coisas que estão fora de moda no mundo e custam a sair da moda no Brasil: a inflação e o estatismo. E duas coisas que estão na moda alhures e às quais precisamos rapidamente aderir: a reengenharia das empresas para enfrentar os desafios da competitividade e o redimensionamento do governo, que deve se concentrar em suas funções clássicas.”
Não há trégua
O novo perigo nas campanhas se chama deepfakes. São fotografias ou vídeos criados com alta tecnologia para manipular imagens de situações que nunca ocorreram. Claro que visa atingir candidatos e enganar eleitores.
Voltam à trincheira
Dos 53 senadores eleitos em 2018, apenas dois preferem deixar o conforto e a tranquilidade de Brasília para concorrer em novembro. Vanderlan Cardoso (PSD) será candidato à Prefeitura de Goiânia e Jean Paul Prates (PT), de Natal.
Cenário
Dedos em riste e ânimos acirrados. Vai começar o campeonato de quem grita mais alto. Desperdício de dinheiro, busca de equilíbrio das contas públicas e reabertura de empregos serão apenas tangenciados por muitos que querem o poder pelo poder.
Porta aberta
Surgem as nominatas de candidatos. A maioria dos partidos dá o aval sem submetê-los a qualquer peneira ética. Depois de eleitos, quando se envolvem em atos de corrupção que envergonham o país, os partidos se eximem, atribuindo ao desconhecimento ou ao acaso. Deveria existir uma lei que penalizasse as siglas sem o cuidado de desmascarar, antecipadamente, oportunistas e desonestos, representantes da mediocridade triunfante. Diminuir o repasse do Fundo que sai do Tesouro Nacional para sustentar os partidos seria um bom começo.
Papéis definidos
O Congresso Nacional se divide em dois grandes grupos. De um lado, os defensores da economia de mercado, para que seja moderno, dinâmico, sintonizado com o que ocorre no mundo civilizado, gerando emprego e renda. De outro lado, estão os defensores do clientelismo, do fisiologismo, do populismo, do paternalismo e do casuísmo.
Comunicação proibida
A 75ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada ontem, desvenda o motivo pelo qual a Petrobras obrigava os estaleiros contratados ao silêncio absoluto sobre todas as operações. Quando alguma informação vazava, a punição era rigorosa. Agora se sabe: a corrupção corria solta e precisava ser mantida em sigilo.
Evitar a fuga
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, segundo informações do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram 4 bilhões e 110 milhões de dólares. Queda de 66 por cento na comparação com o mesmo período em 2019. A pandemia fez desmoronar as viagens de turismo, que integram esse total. Quando voltar à normalidade, espera-se que, durante algum tempo, aumente a preferência por roteiros nacionais, fazendo o dinheiro ficar por aqui, aquecendo a Economia.
Esforço para recomeçar
O secretário estadual Rodrigo Lorenzoni promoverá, a 8 de outubro, a 2ª Jornada de Regionalização do Turismo. Um dos temas: protocolos da segurança e as experiências bem sucedidas no Rio Grande do Sul.
Será a forma de retomada das atividades plenas do setor que precisa reabrir empregos.
Não admite culpa
A China foi evasiva diante do ataque de Donald Trump na sessão de abertura da ONU, terça-feira. O presidente norte-americano afirmou que “é preciso responsabilizar a nação que desencadeou a praga do coronavírus no mundo”. Lembrou que “nos primeiros dias, o país asiático bloqueou viagens domésticas, enquanto permitia voos ao exterior para infectar o mundo”.
Prova do medo
O comando da ONU, que há muito deixou de ser imparcial, deveria incriminar a China pela tragédia mundial. Preferiu se calar. É um deboche.
No ringue
Na próxima terça-feira, dia 29, Donald Trump e Joe Biden vão se encontrar para o primeiro debate na TV. A eleição presidencial ocorrerá a 3 de novembro com voto facultativo.