Faixa de risco
Se as Leis de Responsabilidade Fiscal e do Teto dos Gastos não se mostrarem suficientes para evitar a volta da inflação, o governo precisará criar com urgência outros mecanismos, a começar pelo corte de muitos privilégios. A maioria da população não pode ser mais uma vez penalizada.
Fórmula parcial
O governo do Estado encaminha, hoje, a proposta de reforma tributária à Assembleia Legislativa. Como em tentativas de gestões anteriores, a solução buscada será via aumento da receita. Quanto à despesa, reconhecida como a mais difícil, há silêncio.
Bons ventos
Especialistas demonstram otimismo em relação ao mercado imobiliário. O cenário se mantém próspero com a redução considerável da taxa básica de juros nos últimos meses. Com isso, o financiamento para aquisição tornou-se favorável.
Caldeirão vai ferver
A bancada federal do PSol protocolou pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar depósitos feitos pelo assessor Fabrício Queiroz na conta bancária da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Queiroz enfrenta acusação de ser o operador de esquema de desvio de dinheiro público conhecido como rachadinha.
Não ficou parado
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, continuará forçando a abertura do comércio, mesmo que contrarie decretos do governo estadual. Há dois motivos para o movimento: 1º) é uma forma de atenuar críticas muito fortes dos empresários, que estão quebrando; 2º) tirar do foco o pedido para abertura de impeachment que a Câmara Municipal lhe impôs.
Soluções nos bastidores
Este ano, sem as tradicionais convenções que costumam reunir delegados e militantes em acalorados debates, haverá mais facilidade para os caciques dos partidos conduzirem a forma de escolha dos candidatos.
Deve acelerar
Há 15 anos, Brasil e China respondiam por 1 por cento, cada, do montante do comércio mundial. Hoje, o Brasil continua com 1 por cento e a China saltou para 15 por cento. Percebendo o potencial, ao assumir o governo Bolsonaro prometeu transformar embaixadas e consulados em balcões para vendas de produtos estrangeiros. Até agora, não aconteceu.
Peso da tragédia
O jornal O Dia, do Rio de Janeiro, sintetiza: “Se o País fizesse 1 minuto de silêncio em homenagem a cada vítima, teria que passar 70 dias calado.”
Descida
O maior desastre no Produto Interno da Inglaterra, desde a Primeira Guerra Mundial, ocorreu em 1921. A queda foi de 9,7 por cento. Este ano, chegará a 9,5 por cento. Menos pessimista do que os 14 por cento previstos no começo da pandemia.
Solidariedade
Bolsonaro fez ontem um gesto elogiável de cortesia ao convidar o ex-presidente Michel Temer, filho de libaneses, para chefiar a missão que levará ajuda a Beirute.
Remédio e comida
Um avião da Força Aérea Brasileira transportará medicamentos e insumos básicos de saúde, reunidos pela comunidade libanesa. Um navio com 4 mil toneladas de arroz será outra forma de diminuir a perda de estoque de cereais nas explosões.
Sem consequência prevista
Quanto a Temer, notícias e comentaristas deixavam a impressão de que, saindo da Presidência, enfrentaria processo de repercussão permanente e com forte exposição. Já se passaram 19 meses e nove dias.
Todo o cuidado é pouco
Após o desastre no porto de Beirute, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis vai fiscalizar mais a movimentação e o armazenamento de nitrato de amônia, que costuma ser utilizado para a fabricação de bombas. No Brasil, usam como insumo para fertilizantes. De qualquer forma, é preciso saber conviver com o produto químico e seus elevados riscos.
Alto risco
Com as portas fechadas temporária ou definitivamente, 8 milhões e 900 mil pessoas perderam os postos de trabalho no país. O desemprego é uma circunstância que provoca sofrimentos no cotidiano e aproxima da fome. A reabertura do comércio, com todas as precauções, não pode ficar como último item dos governos.
Não existe só para cobrar impostos
Em tempo de pandemia, cabe também aos governos a localização de remédios para tratamento da depressão, da insônia, da angústia, do medo e das incertezas.
Tarefa árdua
A expectativa de especialistas: o desemprego fechará o ano em 13 por cento. O grande desafio do governo Bolsonaro é chegar ao final de 2022 com nível abaixo de dois dígitos.
Muito além do previsto
A Instituição Fiscal Independente do Senado mostra que a Covid-19 deixará marcas profundas no Orçamento Geral da União este ano. As medidas de enfrentamento à pandemia e a queda expressiva na arrecadação provocarão rombo nas contas do governo central, estimado em 877 bilhões e 800 milhões de reais. O valor é 607,3 por cento maior do que os 124 bilhões e 100 milhões de déficit previstos na Lei Orçamentária Anual.
Serão rompidas as amarras?
Dados oficiais revelam que a dívida do governo federal atingirá 4 trilhões e 600 bilhões no final deste ano. Consequência, em grande parte, das décadas de apadrinhamento, fisiologismo e descumprimento de leis no setor público.
O que pretendia
Em fevereiro de 1992, o consagrado médico Adib Jatene deixou a cirurgia cardíaca, área em que era profissional consagrado, para assumir o Ministério da Saúde. Sua mensagem inicial foi disciplinar e sanear o Sistema Único de Saúde e elaborar projeto de lei regulamentando a atuação das administradoras de planos de saúde.
Entrou em choque
Jatene deixou claro o roteiro para atingir os objetivos: “O mérito tem de se sobrepor ao conchavo. O interesse pessoal tem que ser sobrepujado pelo interesse da população. A razão tem de prevalecer.”
Contrariou os hábitos do Ministério. Oito meses depois, limpou as gavetas e pegou o chapéu.
Criminosos e apressados
As notas de 200 reais serão lançadas em agosto pela Casa da Moeda, mas já estão circulando. As falsificadas, é claro. A impressora fica no Rio de Janeiro, que distribui pelo país.
Combustível para incêndio
Como se a pandemia não fosse suficiente, cresce a tensão entre Estados Unidos e China. Donald Trump acendeu o fósforo perto do depósito de gasolina, esta semana, exigindo que transações dos aplicativos TikTok e WeChat, ambos chineses, sejam interrompidas em 45 dias.