Falta atitude básica
O governo federal está obrigado a advertir fortemente os que dispararam as maquininhas de remarcar preços. O controle que vem desde 1995 não pode ser abandonado. Os consumidores não perdoarão o silêncio em um momento tão difícil.
Rombo imprevisto
Cálculo do Ministério da Economia: as medidas adotadas na pandemia vão somar cerca de 615 bilhões de reais entre gastos emergenciais (96 por cento do total) e renúncia de receitas (os 4 por cento restantes). Dados fulminantes para o governo que pretendia chegar ao final do ano com déficit máximo de 160 bilhões de reais.
Na contramão
Além do orçamento estourado, o cenário mostra reformas esquartejadas, projetos remendados, barganhas políticas, troca de favores e costuras de interesses.
Esforço intenso
O Rio Grande do Sul tem expectativa de colher a segunda melhor safra da história. Só o La Niña, determinando pouca chuva e estiagem a partir de dezembro, poderá pôr em risco o resultado. É o que tem levado o secretário da Agricultura, Covatti Filho, nos últimos meses, a acelerar obras de extensão das redes de água, construções de açudes, perfurações de poços e estímulos ao aumento da área irrigada.
Boa iniciativa
Projeto pretende atacar mais uma vez o nepotismo. Pelo texto que está análise, não poderão ser eleitos como suplentes de senador o cônjuge do candidato, seu companheiro e parentes em linha reta, colateral ou por afinidade até o terceiro grau. Além disso, a dissolução do casal não afasta a inelegibilidade.
Atualmente, as escolhas se tornam privilégios familiares. O autor do projeto é o senador Fabiano Contarato, da Rede.
Vão passar a vassoura
Projeto de lei do Poder Executivo, em tramitação na Câmara dos Deputados, revoga 1 mil e 220 atos normativos que perderam eficácia. Existem no papel e só atrapalham. Entre eles estão os Códigos Civil, de 1916; de Processo Civil, de 1939, e de Trânsito, de 1966, além de alterações na antiga Lei de Falências e no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União.
Decepção
Nos debates da TV, faltaram as apresentações de planos de governo e sobraram cenas de baixo nível. Trump e Biden fizeram da campanha eleitoral um espetáculo vulgar. Parcela esclarecida dos norte-americanos continuará repetindo: precisamos de um estadista.
Há 40 anos
A 4 de novembro de 1980, o republicano Ronald Reagan foi eleito presidente dos Estados Unidos, derrotando Jymmy Carter, que concorria ao segundo mandato.
Reagan conquistou a preferência de 489 delegados e 50,7 por cento dos votos populares. Carter não passou de 49 delegados e 41 por cento nas urnas.
Carreiras
Em 1937, Reagan chegou a Hollywood para começar a carreira de quase três décadas como ator. Em 1966, elegeu-se governador da Califórnia.
Carter era plantador de amendoim e entrou na política como governador do Estado da Geórgia em 1971.
Chance perdida
A suspensão das Feiras, este ano, rouba de muitas crianças o primeiro contato com o livro e o deslumbramento ao folhear as páginas tomadas de ilustrações e pequenos textos. Está comprovado: a literatura infantil proporciona desenvolvimento emocional, social e cognitivo.
Virada de mesa
Estão se completando 30 anos da tentativa de manobra que resultaria num escândalo histórico. No começo de novembro de 1990, um grupo tentou aumentar o número de deputados federais de 503 para 550. Beneficiaria os que não conseguiram vagas em eleição realizada no mês anterior.
Atropelo
A alegação dos oportunistas era o remanejamento, previsto na Constituição Federal, que permite ampliar a representação mínima de qualquer Estado de quatro para oito deputados e a máxima de 60 para 70. Na pressa, fingiram esquecer: a mesma Constituição determina que mudanças sejam efetuadas um antes das eleições.
Desistiram
Diante da reação da opinião pública, nunca mais houve tentativa de atribuir mandato aos que foram recusados nas urnas.