Gostam de reprises       

A propaganda eleitoral em rádio e TV terminou ontem como se iniciou a 9 de outubro: o modelo foi praticamente único nas apresentações. Os candidatos entregaram tudo nas mãos de marqueteiros que parecem combinar o formato previamente.

Só interessa o próprio umbigo

O que menos se viu nas campanhas eleitorais deste ano: o debate sobre as finanças das prefeituras. Em meio ao quase silêncio, persistem os que consideram da ordem natural garantir vantagens públicas. Entendem que os governos devem prover rendas para poucos e o resto que se dane. Acrescentam: onde não houver sinecuras, que sejam logo criadas. Um dos exemplos da distorção: o surgimento de mais de mil municípios desde 1990, que provocaram despesas e resultados discutíveis.

Faltam vontade e competência

Existem poucas expressões tão caricatas no país como reforma política.

Inevitável

O presidente do Sindicato Médico, Marcelo Matias, previu com muita precisão, no programa Cruzando as Conversas, quarta-feira à noite, da RDC TV: haverá uma nova pandemia em 2021, a dos pacientes não diagnósticos e sem tratamentos de outras moléstias no decorrer deste ano em consequência da Covid-19. O SUS ficará mais sobrecarregado ainda.

Em busca de brecha

O senador Eduardo Gomes, do MDB de Tocantins, não dorme e está com o olho aberto para 2022: apresentou projeto para permitir a participação remunerada de artistas em eventos relacionados às campanhas eleitorais. Seria a volta dos showmícios, usando dinheiro público, e que estão proibidos há mais de dez anos. O contrato não poderia exceder o limite de 20 mil reais por apresentação. Quem controlaria o famoso “valor por fora”?

Uma aula

A observação sempre atual de Mário Covas: “Campanha eleitoral é, para alguns, um jogo de oportunidade que embaça a verdade e fere a razão. Felizmente, para outros é o momento maior do exercício da cidadania e uma força concreta de dar um pouco de si para todos”.

Para lembrar

 Voto em trânsito só é válido para a eleição presidencial.

Deve despertar

O corte de eletricidade no Amapá, que causa prejuízos brutais, tem uma causa: a empresa privada Isolux, que é concessionária, não dispõe de equipamentos e recursos para responder à emergência. Que sirva de lição para a Agência Nacional de Energia Elétrica, reguladora do setor: exija nos contratos condições imediatas de suprimento, quando ocorrer acidente.

Pior ainda

Há quatro dias, o Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá tenta notificar a empresa Isolux para que preste esclarecimentos sobre as causas da demora na solução do problema que causou a interrupção do fornecimento de energia elétrica em 13 cidades. Para intimar os representantes, o órgão teve de solicitar ajuda ao Procon de São Paulo, já que a empresa não possui representação no Amapá.

Há 90 anos

A 13 de novembro de 1930, o chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas, criou o Ministério da Educação e Saúde Pública, desvinculando as duas áreas da Justiça. O titular nomeado foi Francisco Campos, responsável pela instituição do concurso vestibular para ingresso nas faculdades.

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