Heróis que salvam vidas
Ontem foi assinalado o Dia do Infectologista, a quem o mundo deve reconhecimento pela dedicação e competência. A data homenageia Emílio Ribas, que nasceu a 11 de abril de 1862. Renomado médico, com suas pesquisas provou que a transmissão da febre amarela se dava através da picada do Aedes Aegypti.
Hoje, os infectologistas estão na linha de frente, junto a outros profissionais, na luta incansável para derrotar a pandemia.
Remédio contra omissão
Não há semana sem que setores políticos e econômicos deixem de mencionar, pedir ou suplicar pelas reformas tributária e administrativa. Cobrar é fácil, mas a responsabilidade nos centros do poder se dilui há mais de 30 anos.
Em 1997, o vice-presidente da República, Marco Maciel, elaborou uma proposta que não andou, mas vale até hoje: a criação de um Ministério Extraordinário das Reformas. Por tempo determinado, centralizaria a formulação de projetos e o encaminhamento ao Congresso. Acabaria com a desculpa esfarrapada de que “o problema não é meu, é de outro”.
Dúvida
À medida em que 2021 avança, ganha força a pergunta: o Centro poderá retirar Lula ou Bolsonaro do 2º turno?
Desafinados
Basta acompanhar as sessões plenárias dos Legislativos para concluir quais há senadores, deputados e vereadores que tocam por ouvido e os que sabem ler a partitura. Fica evidente que muitos passaram no Conservatório colando nas provas.
Só depende de vontade
No momento em que quase todos os orçamentos de 2021 se mostram deficitários, os governos federal, estaduais e municipais precisam formar núcleos para detectar focos de desperdícios e inconsistência de gastos. Depois, torná-los públicos.
Não dá para confiar
O governo federal corre atrás dos que receberam auxílio emergencial de forma indevida para pedir o dinheiro de volta. Uma das formas é o envio de 2 milhões e 380 mil avisos pelos celulares.
Em dezembro, 1 milhão e 200 mil pessoas receberam mensagens, informando que elas deveriam reconhecer irregularidades nos pedidos. Somente 30 mil e 370 devolveram 47 milhões de reais. A expectativa do governo era recuperar 1 bilhão e 570 milhões de reais.
Sem bate-bocas
Em setembro, o presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, juiz John Roberts, completará 16 anos no cargo. Não frequenta manchetes, assim como os oito demais integrantes. A notoriedade se dá, eventualmente, por meio de algumas declarações. Por exemplo, Oliver Wendell Holmes, que foi juiz de 1902 a 1932. “Os impostos são o preço que pagamos para ter uma sociedade civilizada.” Tornou-se parâmetro obedecido por todos os governos e entendido pela sociedade norte-americana.
Modelo a ser seguido
O rigor da legislação contra os sonegadores em países desenvolvidos é uma garantia para os contribuintes. Sabem que os impostos chegam às fontes arrecadadoras. Depois, serão devidamente aplicados na edificação de uma sociedade em que prevaleçam os direitos coletivos.
Governos que mantêm sistemas tributários complicados, dificultando a arrecadação, descuidam de função fundamental, desprezando a plurissignificação de suas responsabilidades.
A propósito
O placar eletrônico quantocustaobrasil.com.br, também conhecido como Sonegômetro, atingiu, na manhã de hoje, 174 bilhões e 180 milhões de reais. Foi o valor recolhido da população, na forma de impostos desde 1º de janeiro deste ano, que deixou de entrar nos cofres dos governos federal, estaduais e municipais. O dinheiro que fica no meio do caminho representa uma das tragédias do País.
Está certo
Guilherme Afif Domingos é assessor especial do Ministério da Economia e presidente emérito da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil. Sexta-feira, analisou o cenário com isenção e garantiu que o governo vai liberar mais 5 bilhões de reais:
“O Brasil deu claras demonstrações que tem um motor pulsante e que aguarda apenas pelo combustível. E grande parte deste combustível está nas micro e pequenas empresas. Dessa forma, torna-se fundamental o acesso ao crédito, a negociação para a jornada de trabalho e a reabertura gradual e consciente das atividades econômicas, porque a pressão econômica é cada vez maior e se tornará insustentável.”
Muitos querem saber
Institutos deveriam fazer ampla pesquisa no país, perguntando: há quantas décadas os governos perderam a percepção do agravamento do déficit do setor público?
O resultado interessaria aos que consideram demasiada a transformação em impostos de 40 por cento do Produto Interno Bruto.
Anunciaram e descumpriram
Outra pergunta que a pesquisa poderia incluir: qual o governo que mais bateu na tecla da austeridade e, na prática, não cessou de oferecer exemplos em sentido contrário?
Efeito nulo
Desde 2016, o Senado mantém o Instituto de Fiscalização Independente. Sua equipe técnica faz estimativas, constrói cenários fiscais, analisa indicadores econômicos e mede o impacto de medidas sobre o orçamento. Para quê? Pelo comportamento da maioria dos parlamentares, para nada.
Tradicional recusa
Se o Senado estivesse verdadeiramente interessado em resolver os graves problemas do país, enfrentaria as reformas, a começar pela tributária, seguindo com a administrativa. Trabalho tem de sobra. O que falta é vontade.
Fuga permanente
Entre os hábitos mais enraizados dos Legislativos está o de privilegiar a discussão de questões acessórias. Basta acessar as pautas ou acompanhar as sessões.
Mensagem quase cifrada
Em recente palestra para investidores, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, citou Mestre Yoda, personagem de Star Wars: “O medo leva à raiva, a raiva leva ao ódio, e o ódio leva ao sofrimento.”
Em busca do teto próprio
Totalizaram 16 bilhões e 100 milhões de reais as contratações de crédito imobiliário da Caixa com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo no primeiro trimestre deste ano. Crescimento de 103,1 por cento em relação ao mesmo período de 2020.
Alta rotação
O Brasil movimentou 2 trilhões de reais em transações com cartões de crédito, débito e pré-pagos em 2020, com 23 bilhões e 300 milhões de transações. Levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços.
