Incorrigíveis

Toda a vez que se fala em ajuste de contas no país, só uma parte é cumprida, a da sociedade. Os governos dão um jeito de escapar. A arrecadação de tributos sobe, sem a reavaliação das despesas.

Nem os empréstimos de socorro conseguem sustentar administrações endividadas em valores muito acima da receita. O setor público patina em gastos crescentes, muitos sem a devida avaliação. Resta, então, apertar os botões das máquinas impressoras da Casa da Moeda ou recorrer aos bancos.

Vai aumentando

Não há dinheiro de graça. Hoje pela manhã, o placar eletrônico jurometro.com.br registrava 268 bilhões e 915 milhões de reais. Valor pago pelo governo federal, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar sua dívida.

Sem a presença das torcidas

Em oito dias vai se encerrar o prazo para as convenções partidárias. Este ano, sem delegados e correligionários lotando salões. Foram expulsos pelo vírus chinês. Dos encontros virtuais sairão listas dos candidatos a prefeituras e câmaras municipais.

Muitos dos escolhidos vão alimentar vaidades, construindo fantasias e tentando impor modelos. Usarão as campanhas como território para experimentações de poções mágicas, produzidas em laboratórios de alquimia social.

A entrada será franca para quem quiser experimentar e depois reclamar.

Risco alto

Institutos especializados rejeitam fazer pesquisas sobre o interesse nas eleições marcadas para 15 de novembro. Temem que o resultado fique abaixo do esperado e afaste os tradicionais clientes.

Enfrentamento

No dia 22 deste mês, vencerão os 180 dias dados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para que o governo de São Paulo suspendesse o pagamento mensal de 1 bilhão e 200 milhões de reais de sua dívida com a União. João Doria pedirá extensão do prazo. Se não conseguir, baterá na porta do STF, exigindo o mesmo tratamento concedido ao Rio Grande do Sul que, há três anos e um mês, deixa de enviar 270 milhões de reais por mês ao Ministério da Fazenda.

Jogada ensaiada

Fica clara a intenção de Fernando Henrique Cardoso ao publicar artigo recente em jornais do Centro do país, condenando a reeleição: soltar pedras no caminho planejado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Hora do despertador

O IBGE informou ontem que, com a alta dos alimentos, a inflação de agosto foi de 0,24 por cento, a maior para o mês desde 2016.

O que aconteceu até 1994 não sensibiliza Suas Excelências. Senadores e deputados federais deveriam estar discutindo hoje medidas para evitar a volta das maquininhas de remarcação de preços, forma cruel de confisco de renda e empobrecimento.

Operação segue adiante

Parece que a temporada junina não acabou, porque é uma bomba atrás da outra: 1) Lava Jato acusa filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça de receber 82 milhões de reais para influenciar decisões da Corte; 2) advogado de Lula e ex-defensor de Bolsonaro são alvo de operação da Polícia Federal.

Acréscimo indispensável

O deputado Elton Weber, presidente da Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor, dará andamento à proposição de mudança no Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing. A sugestão é do Procon e visa incluir, além das ligações telefônicas, os torpedos, os e-mails e as mensagens via WhatsApp. Empresas têm usado o subterfúgio diante da omissão na lei.

Há 11 anos

A lei de 2009 impede que empresas de telemarketing ou estabelecimentos, que se utilizem do serviço, efetuem ligações telefônicas não autorizadas para os usuários cadastrados. Além disso, prevê multa de até 10 mil reais por ligação feita de forma indevida.

No meio da crise

Levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas mostra que a roda da Economia não parou de girar. Entre 31 de março e 15 de agosto, sugiram 684 mil microempreendedores individuais no país. Foram 43 mil a mais do que no mesmo período de 2019. Houve ainda o registro de outros 100 mil novos negócios enquadrados como Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Disparado

Faltando 54 dias para ida às urnas, o site FiveThirtyEight aponta  vantagem do candidato democrata Joe Biden com 71 por cento de chances de vitória contra 29 por cento do republicano Donald Trump.

A revista The Economist combina dados econômicos, demográficos e expectativas de comparecimento com os das pesquisas de opinião. O resultado até agora: Biden 83 por cento e Trump 17.

Em 2016, todas as projeções revelaram-se erradas.

Toda a vez que se fala em ajuste de contas no país, só uma parte é cumprida, a da sociedade. Os governos dão um jeito de escapar. A arrecadação de tributos sobe, sem a reavaliação das despesas.

Nem os empréstimos de socorro conseguem sustentar administrações endividadas em valores muito acima da receita. O setor público patina em gastos crescentes, muitos sem a devida avaliação. Resta, então, apertar os botões das máquinas impressoras da Casa da Moeda ou recorrer aos bancos.

Compartilhe essa notícia: