Mais lenha na fogueira

Recente sondagem do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas mostrou que 52 por cento das empresas não têm confiança na política econômica do governo. Em grande parte decorre das desavenças públicas entre o ministro Paulo Guedes e outros setores da administração federal.

Como se a pandemia não fosse o suficiente para criar expectativa negativa na evolução do ambiente de negócios durante os próximos meses.

Difícil entender

O Brasil é o país que mais mantém os estudantes fora das salas de aula. Estão em shoppings, supermercados, parques, praias e playgrounds. As escolas são ambientes muito mais controláveis.

Não perdem a ocasião

Candidatos às eleições percebem agora que são vítimas de golpistas que fazem clones de WhatsApps e pedem dinheiro para campanhas. Só resta registrar a queixa na Polícia.

Boa notícia

O Brasil está próximo de se tornar autossuficiente em trigo com tecnologia para produção no Cerrado. Em grande parte, o desenvolvimento se deve a equipamentos de alta tecnologia fabricados na região de Não-Me-Toque. A partir de 1949, a chegada de imigrantes holandeses propiciou o avanço na concepção e na montagem de máquinas agrícolas.

Resultado de muito trabalho

Hoje, empresas de Não-Me-Toque exportam para mais de 90 países máquinas e implementos agrícolas, tendo se tornado a Capital Nacional da Lavoura Mecanizada. Anualmente, o município de 18 mil habitantes promove a Expodireto Cotrijal, que recebe em torno de 200 mil visitantes, incluindo compradores de todo o mundo.

Quando sobra dinheiro

Os Estados Unidos despejaram 60 bilhões de dólares, que não precisarão ser devolvidos, para ajudar para as empresas aéreas a saírem do solo. O governo tem mais 25 bilhões de dólares em caixa para socorrer.

O que pesa      

Por decisão unilateral do governo norte-americano, as empresas brasileiras que vendiam com alíquota de 15, agora terão de pagar taxa de 145 por cento, inviabilizando negócios.

Deixando de lado sorrisos e apertos de mão com Jair Bolsonaro, Donald Trump demonstra na prática o que significa sua frase: “Os Estados Unidos em primeiro lugar.”

Aplica-se aos dias de hoje

Vaclav Havel foi presidente da Checoslováquia e depois da República Checa. Há 30 anos, participando de conferência internacional em Oslo, disse: “A esperança não é o sentimento de que tudo acabará bem. A esperança é somente o sentimento de que a vida e o trabalho têm sentido.”

Há 75 anos

A 26 de outubro de 1945, a Justiça divulgou dados sobre a escolha do presidente da República que sucederia Getúlio Vargas. O Rio Grande do Sul tinha o terceiro maior contingente com 900 mil eleitores. A 2 dezembro, compareceram 625 mil e 840 às mesas de votações.

Deu no jornal

“Monitor indica aumento de estiagem em sete estados brasileiros.”

Ocorre seca também na seara dos valores praticados por políticos.

Tática da vida pública

Para vencer na política, basta uma ideia na cabeça e uma caneta com muita tinta na mão.

Muito necessária

A temporada é também da busca de uma vacina contra falácias eleitorais.

Para aprender

As viagens de economistas e gestores públicos brasileiros ao Japão não pode se restringir ao turismo. É preciso que assimilem ensinamentos.

Entre 1990 e 1996, a taxa anual de juros no Japão despencou de 8,3 para 0,5 por cento. “Ninguém aguenta viver com juros tão baixos, chiam os aposentados”, relatou em outubro de 1997 o correspondente do jornal New York Times em Tóquio.

Diferença

Baixar os juros foi a fórmula de reavivar a Economia japonesa, que corria risco de recessão em meados da década de 1990. Nesse período, a taxa no Brasil chegou a 48 por cento.

Em 2020, a inflação na Terra do Sol Nascente não passará de 0,10 por cento e a taxa de juro estaciona em zero por cento.

O sonho é de graça

A conta dos devaneios de muitos candidatos durante as campanhas fica sempre muita alta e acaba em governos apartados da realidade.

Retrato da irresponsabilidade

Jamais se ouviu falar de um país subdesenvolvido cujo governo tenha pago sua dívida e se tornado rico. A tendência é de se endividar cada vez mais, deixando a bomba para o futuro. Caracteriza países que costumam ser os principais inimigos de si próprios. Vira uma espécie de peso da escravidão.

Pouco adiantou

Em setembro de 2017, o governo do Rio de Janeiro assinou novo Plano de Recuperação Fiscal. Entre discursos e tapinhas nas costas, os participantes da solenidade garantiram que o Estado, finalmente, tiraria o pé do barro. Passados os três anos de validade, o Rio implora pela prorrogação do Plano por mais três.

Nem os 14 bilhões de reais que o Rio recebe por ano via royalties do petróleo, muito acima dos demais Estados, resolvem a bagunça administrativa e financeira.

Poço sem fundo

Este colunista guardou o recorte de artigo de Antonio Delfim Netto, publicado por jornais, em outubro de 1995. Trecho inicial: “O endividamento de Estados e municípios é extremamente grave e coloca em risco todo o projeto de estabilização.”

Passados 25 anos, as dívidas só aumentaram. Seguem habitando o Edifício Balança Mas Não Cai.

Roda voltará a girar

Obstáculo a menos: o governador Eduardo Leite anunciou que dispensará, por 90 dias, a cobrança de taxa de serviços para a criação de novas empresas no Rio Grande do Sul.

Voarão baixo

Com o fim da vigência das alíquotas majoradas do ICMS, as prefeituras do Rio Grande do Sul perderão 857 milhões de reais em 2021.

Contra privilégios

O ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, defendeu quinta-feira, em debate na Câmara dos Deputados, que a legislação seja aperfeiçoada para fixar critérios no uso e fiscalização dos fundos eleitoral e partidário. Tem toda a razão ao dizer que, hoje, os caciques de muitas legendas concentram os recursos.

Muitos candidatos já denunciaram, mas não foram ouvidos. Tomara que a entrada do ministro no debate derrube os feudos sustentados com dinheiro dos impostos.

Ninguém vai segurar

Será impossível evitar aglomerações, com ou sem máscaras, na noite de 15 de novembro, quando serão anunciados os vencedores das eleições.

Por causa justa

Com 190 deputados federais e 20 senadores de 23 partidos, está criada a Frente Parlamentar Mista pelo Fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Brigará pela ampliação dos recursos orçamentários que garantam a qualidade do atendimento aos pacientes, especialmente no período pós-pandemia.

Compartilhe essa notícia: