Mesmo cardápio

Sem mostrar de onde virá o dinheiro para cumprir todas as promessas, as campanhas viram período conhecido pela sigla EGEE (Esforço Generalizado para Enganar Eleitores).

Já é costume

Comitês eleitorais com dificuldades tentam transmitir tranquilidade que existe apenas na superfície. Alguns assessores começam a relacionar equívocos para anunciar no dia 16, querendo se isentar: “Não avisei?”.

Fuga permanente

Há questões que causam calafrios no Palácio do Planalto e deixam o Congresso em estado de choque: redistribuir receitas de impostos, encargos e obrigações entre União, Estados e Municípios.

Armadilha

Políticos defendem o tabelamento de vários itens da cesta básica. A estratégia apenas antecipará quais produtos vão desaparecer do mercado.

Memória

O projeto para criar o imposto sobre grandes fortunas tem registro de nascimento: foi redigido e protocolado pelo senador Fernando Henrique Cardoso em 1989. Seis anos depois, o presidente Fernando Henrique pediu a retirada da pauta. Foi aceito pelos parlamentares e nunca mais saiu da gaveta. Hoje, é defendido por partidos de extrema esquerda, mas não anda.

Repete-se

“Crise força corte de gastos da União” e “Câmara dos Deputados é convocada para esforço pró-reformas.” Foram as manchetes mais usadas pelos jornais nas últimas décadas. Não adianta. Tapa de um lado, escapa de outro e a lista de empréstimos do governo não para. A conta dos juros é jogada sobre os que pagam impostos.

Quanto às reformas, perdem a corrida para tartarugas.

Comemoração limitada

Seis de novembro é o Dia do Riso. A celebração teve origem em Mumbai, Índia, há 25 anos. O evento foi criado por Madan Kataria, líder do movimento. Doze mil membros de clubes sociais de diversas partes do mundo se juntaram em uma mega sessão de riso.

A tragédia da pandemia não motiva, mas sobra tempo para reunir algumas patacoadas da política brasileira que provocarão inevitáveis risos, mesmo que amargurados.

Mais confusos, impossível

O governo norte-americano deveria distribuir um manual explicando os critérios para escolha do presidente: 1) começa pelo peso dado aos votos populares e de delegados; 2) cada Estado define a forma de votação. Vai desde a cédula em papel até o uso de computador. A falta de uniformidade chega a estarrecer; 3) os 90 milhões de votos antecipados e por correspondência levarão a dúvidas, recontagens e ações judiciais promovidas pelo perdedor.

Resumo: precisa-se superar a perplexidade quando o assunto é eleição presidencial nos Estados Unidos.

Luzes, câmera, ação

Cineastas têm matéria prima de sobra para produção de uma longa série sobre presidentes de vários países. Título sugerido: Prisioneiros do Temperamento.

Sim ou não

Até o dia 10 deste mês, o Supremo Tribunal Federal decidirá se vai manter ou derrubar a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados e a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para agrotóxicos. O julgamento começou sexta-feira no plenário virtual.

Terá efeito

O único voto até agora foi do ministro Edson Fachin, relator do processo e favorável à derrubada e redução. Coube ao Psol a iniciativa da ação em 2016, sob argumento de que os benefícios incentivam a maior utilização de defensivos agrícolas tóxicos.

Caso a tese seja vencedora, haverá aumento nos preços dos alimentos.

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