Na expectativa
Para a retomada da Economia, cogitam em Brasília a criação do Ministério da Produção. Seria um instrumento para soluções rápidas de problemas enfrentados por empresários, a começar pela desestimulante burocracia. Ajudaria muito a ampliar o número de empregos.
Despertador está tocando
Levantamento da Fundação Getúlio Vargas: o Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) acumulado nos últimos 12 meses está em 24,52 por cento, emitindo sinal de alerta para os próximos meses.
Risco alto
Em novembro, os preços mundiais dos alimentos subiram pelo sexto mês consecutivo. O índice registrou seu maior aumento desde julho de 2012, declarou ontem a FAO, agência para agricultura e alimentos das Nações Unidas.
Competência e decisão
Trecho inicial do editorial de O Estado de São Paulo, ontem:
“Em algumas décadas o Brasil passou de importador a um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, em vias de se tornar o maior. Em chocante contraste com a indústria, essa história de sucesso foi calcada no empreendedorismo, boas políticas de crédito e fomento, parcerias público-privadas e pesquisa e inovação de ponta. Não à toa o agro foi o único setor com desempenho positivo na pandemia – literalmente a ‘salvação da lavoura’ nacional.”
O jornal não cita Estados, mas o Rio Grande do Sul lidera o grande feito.
Vende ilusão
Se a Câmara dos Deputados votar a reforma tributária este mês, como promete o presidente Rodrigo Maia, não restará tempo ao Senado para aprová-la antes do recesso, que começará dentro de 19 dias. Significa que as inovações propostas não poderão vigorar no próximo exercício, por conta do princípio da anualidade.
Têm peso
Com 132 integrantes, do total de 513 deputados federais, PT, PSB, PDT, PC do B e PSol são considerados o fiel da balança na disputa pela presidência da Câmara. Os candidatos, por enquanto, são Rodrigo Maia (DEM), que tentará se reeleger; Arthur Lira (PP), líder do Centrão e com apoio de Jair Bolsonaro; Baleia Rossi (MDB) e Marcos Pereira (Republicanos).
Demonstração de força
Republicanos, DEM e Psol elegeram as maiores bancadas na Câmara Municipal do Rio de Janeiro: contarão com sete vereadores cada um. O total é de 51 membros.
Sobre omissão
Defensores do voto obrigatório perguntam: pode haver verdadeira nação em que os cidadãos não se preocupam com os problemas políticos?
Fora de hora
A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai analisar a proposta para que o Brasil tenha a bomba atômica como forma de “dissuadir interferência estrangeira”. Foi apresentada em 13 de outubro de 2020 por meio do Portal e-Cidadania e atingiu em 2 de novembro os 20 mil apoios necessários para transformar-se em sugestão legislativa. Caso seja aprovada pela Comissão, dará origem a um projeto de lei.
Observações: 1) será muito difícil encontrar recursos para o projeto no orçamento; 2) não há evidência de interferência estrangeira que exija uma bomba.
Contrário
Em setembro de 2017, o Brasil foi o primeiro país a assinar o Tratado de Proibição de Armas Nucleares da ONU, que impede o desenvolvimento, a produção, a realização de testes e o armazenamento desse tipo de arsenal ou de qualquer dispositivo nuclear explosivo. Outros 50 países ratificaram.
Povo voltou a respirar
A reunificação das antigas Alemanha Oriental e Ocidental acaba de completar 30 anos. A queda do Muro de Berlim, em 1989, foi um dos momentos marcantes que antecedeu a grande virada. Outro ocorreu com a renúncia dos 160 membros do Partido Comunista da Alemanha Oriental, após a abertura da cortina que revelou corrupção, abuso do poder, prejuízos à economia popular e à propriedade pública.
Fim de um pesadelo
A Alemanha Oriental, sob regime de rigorosa censura e opressão do governo, apresentava-se como o mais eficiente dos Estados comunistas do Leste Europeu. Revelaram-se esquemas de comprometimentos de integrantes do poder com contrabando, uso de empresas estatais em proveito próprio e corrupção generalizada pelo tráfico de influência.