Nem todos são doutores
Torna-se de difícil entendimento para grande parte dos brasileiros: Sérgio Moro, o Tribunal Regional Federal e o Superior Tribunal de Justiça condenaram o ex-presidente Lula, mas erraram.
Para conferir o efeito
Está sendo aguardado com grande expectativa o resultado da próxima pesquisa à Presidência da República. A decisão do Supremo Tribunal Federal alimenta o discurso de que Lula foi injustiçado e perseguido por Sérgio Moro, além de reaquecer o eleitorado do PT.
No ataque e na defesa
Em sua primeira entrevista, Lula equilibrou-se na corda. Partiu para ofensiva: “Fui vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de História.” Muniu-se de precaução: “Não tenham medo de mim.” Deu uma espetada em Ciro Gomes, o anti PT mais radical do momento: “Você precisa se reeducar.” Será difícil. Como explica o ditado, dois bicudos não se beijam.
Não se precipita
Desde a adolescência, nos campos de futebol amador de Teresina, o ministro Nunes Marques preferia a meia cancha. Era escalado porque sabia acalmar o jogo, diziam os técnicos. Terça-feira, repetiu a tática ao pedir vista do processo que analisa a suspeição de Moro. O resultado do julgamento fica suspenso até que ele vote, o que não tem prazo.
Ritmo lento
Neste mês, o Brasil deve receber entre 25 e 30 milhões de doses, abaixo das 46 milhões previstas em fevereiro, vindas dos três acordos fechados (Butantan/Coronavac, Fiocruz/Oxford/AstraZeneca e Aliança Covax). Em relação à Pfizer, que pode fornecer 14 milhões de doses em junho, falta a assinatura do contrato.
Novo cargo
O deputado federal Afonso Motta, do PDT, foi eleito ontem presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Motta nasceu em Porto Alegre e está no terceiro mandato. De 2015 a 2018, liderou a bancada do partido.
Voz da experiência
Everardo Maciel, ex-secretário da Receita Federal e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público, aponta os males brasileiros: “Reproduz velhas práticas de um País sem rumo, que abomina o planejamento, trava batalhas verbais, extremadas e inconsequentes, e se encanta com chavões, especialmente os importados.”
Ventos a favor
Projeto de lei, apresentado esta semana no Senado, dará início ao marco regulatório para a exploração de energia flutuante na costa brasileira, seja eólica, solar ou das marés. O autor é o senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte.
Há excelentes resultados em Portugal, nos Estados Unidos, na Irlanda e na China. Estudos são desenvolvidos em outros países: Índia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Sri Lanka, Turquia e Vietnã.
A velocidade constante dos ventos na costa do Rio Grande do Sul é motivo para que investidores internacionais se interessem pela instalação dos equipamentos.
Omissão injustificável
Se sucessivos governos não dão importância aos problemas visíveis do Mercosul, que completará 30 anos no dia 26 deste mês, poderiam atentar para uma questão subterrânea: o Sistema Aquífero Guarani. A reserva abrange 1 milhão e 200 mil quilômetros quadrados e é considerada uma das mais volumosas do planeta. No Brasil, ocupa áreas dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Estende-se pelo Uruguai, Argentina e Paraguai.
À espera de ações
A reserva do Aquífero é capaz de atender à necessidade de 360 milhões de pessoas se a exploração for equilibrada, mantendo a retirada da água em quantidade inferior à recarga das chuvas. A ameaça, porém, é o risco de contaminação por atividades poluidoras. Há necessidade de ações preventivas e articuladas dos quatro países. O que estão esperando para agir?
Cada vez mais
Em meados da década de 1990, o jornalista Gilberto Dimenstein criou o Patômetro. Aparelho de ficção destinado a medir a taxa de transformação de eleitores em patos. Nunca mais deixou de ser usado.