Sem chance de vitrine
A pandemia obrigou a cancelar o formato tradicional das sessões plenárias do Senado, da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais. Parte dos parlamentares, que elegeu a tribuna como local do esporte predileto, deixou de discursar sobre temas que vão do nada a coisa nenhuma.
Missão de fiscalizar
No retorno das casas legislativas às atividades, haverá necessidade da criação de comissões para acompanhar, de forma preventiva, a aplicação dos impostos. Chega de assistir o dinheiro sendo jogado fora.
Tem mais
Outra iniciativa deve ser a formação de comissão permanente de controle do estoque de projetos encalhados nos legislativos. Muitos dos encaminhados servem apenas para agradar eleitores e depois esquecem. Placares expostos com os números deles nas fachadas do Senado, das Câmaras e das Assembleias ajudariam a diminuir a longa fila.
No batente
A edição extra do Diário Oficial da União, sábado, publicou o cancelamento do período de férias do ministro Paulo Guedes, previsto para começar a 8 de janeiro. Continuará trabalhando, porque não quer ver a peteca cair.
Contramão
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a decisão do ministro Kássio Nunes Marques que suspendeu trecho da Lei da Ficha Limpa. Com isso, livrou o caminho de políticos que concorreram nas eleições municipais deste ano, mas tiveram o registro barrado pela Justiça devido à legislação. Caberá ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, dizer sim ou não.
Querem fatia do poder
O país tem, atualmente, 33 partidos políticos registrados na Justiça Eleitoral. Outros 77 estão em processo de formação, após terem dado o primeiro passo com o registro civil em cartório. É um dos requisitos para a criação. Agora, cada um entra na corrida para obtenção de 500 mil assinaturas. Se metade cumprir a exigência, teremos uma tempestade de siglas.
Consequência
A eleição de integrantes de partidos inexpressivos e com vocação para subserviência cria cenários deprimentes de fisiologismo, fragilidade ideológica, sucessão de descalabros praticados diante da opinião pública perplexa.
Quem manda é o freguês
Para retomada dos negócios, muitos donos de bares, restaurantes e lanchonetes em São Paulo intensificam pesquisas entre moradores próximos e possíveis frequentadores. Perguntam como deve ser a loja em todos os seus itens. As conclusões estão sendo postas em prática e as obras não param. Em breve, serão conhecidos os resultados.
Próxima necessidade
Até as eleições de 2022, laboratórios da seriedade tentarão produzir vacinas contra desperdícios e desvios do dinheiro público.
Da ficção à realidade
O filme Epidemia, com Dustin Hoffman, produzido em 1995, despertou em muitos jovens o desejo de se dedicar à pesquisa para detectar vírus de doenças contagiosas. O uruguaio Gonzalo Moratorio assistiu quando tinha 13 anos e acaba de ser reconhecido pela revista Nature como um dos dez cientistas mais importantes de 2020 pelo desenvolvimento de um teste para detectar o coronavírus, permitindo ao seu país controlar a pandemia de forma exemplar no mundo. Gonzalo é o único latinoamericano da lista.
Raridade: seguiu a lei
A 22 de dezembro de 1995, o ministro do Planejamento, José Serra, tomou decisão, contrariando a regra: disse que o Executivo não repassaria recursos para o Senado pagar reajuste de 31 por cento do salário dos seus funcionários. Alegou que não existia dinheiro e que a Constituição só permitia gastos previstos no orçamento.
O costume era ceder e não comprar brigas. O resultado, de concessão em concessão, a população conhece bem.
Espetáculos
Este mês haverá chuva de estrelas, eclipse e encontro entre planetas. De certa forma, substituirão a queima de fogos, proibida para que não ocorram aglomerações.