Silêncio forçado

Em meio à pandemia, nenhum instituto se arrisca a fazer uma pesquisa para aferir o grau de conhecimento dos eleitores sobre os candidatos. Decepcionariam os partidos que são clientes.

Aos poucos, a legislação retirou os sinais de campanhas: faixas em postes, atravessando ruas e avenidas, muros pichados, carros de som no volume máximo, cartazes por toda parte e papéis esparramados pelo chão.

Poder de decidir

O valor das eleições pode ser medido pela constatação: prefeitos e vereadores tornam-se os detentores de mandatos que mais facilidades têm para interferir no cotidiano das populações. Os problemas sociais ocorrem nos distritos, nos bairros e nas vilas, não em Brasília e outros centros de poder.

Quem fugirá do figurino?

Faltam oito dias para começar o horário de propaganda obrigatória em rádio e TV. Tomara que seja superada a superficialidade de campanhas anteriores, que levou à exaustão. Os que desligaram não suportaram discursos vazios. Ficou também a forte impressão de que os candidatos falavam de outro município e não onde os eleitores moravam.

Forçar é inútil

Na véspera das eleições, só votam projetos que rendem votos e não os que tiram.

A frase se aplica desde o Congresso Nacional até a Câmara de Serra da Saudade, o menor município do país, que se localiza em Minas Gerais.

Chega de fugir

Ajuste fiscal não pode deixar de fora a análise profunda e corajosa sobre as causas que levam a desequilíbrios. Qualquer outro caminho é perda de tempo. Vale para União, estados e municípios.

Não dá mais para esperar

Há décadas, os governos não sabem conter a onda destrutiva da Amazônia. Na região, quase não há presença do Estado. Só o Pará tem 1 milhão e 248 milhões de quilômetros quadrados. Portugal não passa de 92 mil quilômetros quadrados; a Espanha totaliza 506 mil e a França, 644 mil.

Alguma iniciativa mais forte precisa ser tomada com urgência para estancar os sucessivos ataques contra a natureza. Uma prisão especial para os criminosos, no meio da selva, é uma solução.

Falta muito

Afirmar que as aulas presenciais podem ser substituídas pelo ensino à distância demonstra desconhecimento. Entre 79 países, o Brasil é o segundo pior em número de computadores por estudante,  à frente somente do Marrocos, e o 52º em instituições de ensino conectadas à rede.

A pesquisa, intitulada Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso, foi realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Combate à irresponsabilidade

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, quinta-feira, o projeto do Congresso Nacional que aumenta as exigências para as mineradoras quanto à segurança de barragens. Os rompimentos de Mariana em 2015 e de Brumadinho em 2019 mataram mais de 250 pessoas. Os familiares das vítimas ainda não receberam as indenizações exigidas.

Mudança na História

Amanhã, serão assinalados os 90 anos do começo da Revolução que levou Getúlio Vargas à Presidência da República, depois de ter perdido a eleição para o paulista Júlio Prestes, sete meses antes.

Ao final da tarde de 3 de outubro de 1930, a primeira ação foi a tomada do Quartel General da 3ª Região Militar, no Centro de Porto Alegre, e a prisão dos comandantes. Em seguida, as forças revolucionárias assumiram seis unidades do Exército e os prédios dos Correios e Telégrafos, da Delegacia Fiscal, da Alfândega, do Banco do Brasil e de outras posições estratégicas. O morro do Menino Deus, onde ficava importante depósito de armamentos, também foi dominado.

Os revolucionários estavam sob comando de Oswaldo Aranha, José Antônio Flores da Cunha (foto) e o capitão Agenor Barcelos.

Amplo apoio

Na madrugada de 4 de outubro, Porto Alegre se encontrava inteiramente sob controle dos revolucionários. O governador Vargas divulgou um manifesto, conclamando os gaúchos à luta. Em poucos dias mais de 50 mil voluntários se apresentaram.

A 3 de novembro, Vargas assumiu a Presidência no lugar de Washington Luís, que já tinha sido deposto.

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