Tudo tem custo
O horário de propaganda eleitoral em rádio e TV é gratuito apenas para os partidos políticos. Os cofres públicos ficam com 500 milhões de reais a menos a cada dois anos. Valor que as emissoras deixam de pagar em tributos como forma de compensação pelo espaço cedido.
Retorna a prática
Está evidente: o governo federal, cada vez mais, terá de negociar com o Congresso, usando o toma lá dá cá. Quer dizer, longe de alguma base ideológica ou programática.
Condição
Para manter bom desempenho nas pesquisas de opinião, o governo federal terá de turbinar o Bolsa Família.
Vão plantando
A temperatura se mantém baixa, mas deputados federais e estaduais suam mais a camiseta do que muitos candidatos a prefeituras e câmaras municipais. Sem parar, percorrem suas bases eleitorais para apoiar os que retribuirão com votos em 2022.
Escapa da demagogia
O Índice de Desenvolvimento Municipal deveria ser mais utilizado nas campanhas eleitorais. O estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro acompanha, anualmente, o desenvolvimento socioeconômico de todos os municípios brasileiros nas áreas de emprego e renda, educação e saúde. Criado em 2008, é realizado com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos Ministérios do Trabalho, da Educação e da Saúde.
Para assumir
Honestidade, retidão, capacidade de diálogo e mobilização, espírito empreendedor e qualificação técnica da equipe para atender às demandas da cidade e da população.
É pedir demais dos candidatos?
Beco sem saída
O grau de desagregação dos poderes, por conta de desmandos e da corrupção no Rio de Janeiro, conduz ao triunfo da barbárie sobre a civilização. Para completar: o Estado tem o pior resultado de emprego formal no país e a quarta maior queda da atividade econômica no segundo trimestre.
Exige cuidado
Bastou o Banco Central liberar o cadastramento no Pix, semana passada, para os estelionatários encontrarem um prato cheio. Surgiram 40 páginas de golpistas para atrapalhar o sistema de pagamentos instantâneos e sem taxas bancárias, que substituirá o TED e o DOC a partir de novembro. Eles obtêm dados pessoais para futuras fraudes.
Confirmam o ditado: a ocasião faz o ladrão.
Desafio diário
Em muitos comitês, existe uma tarefa silenciosa: percorrer redes sociais para detectar ataques aos candidatos que assessoram. De imediato e, quando possível, acionam mecanismos antichamas.
Está atenta
A Justiça Eleitoral de Passo Fundo determinou ao Facebook a remoção de publicação sobre pesquisa eleitoral fraudulenta de um perfil particular e aplicou ao responsável o pagamento de multa de 53 mil reais.
Letras & eleições
Em 1947, o cantor Francisco Alves gravou Nervos de Aço, composição de Lupicínio Rodrigues. É a exigência feita aos candidatos que se expõem na busca de votos. Em 1948, Alves voltou ao estúdio para imortalizar outra criação de Lupicínio: “Esses moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei…”. Muitos interpretam como recado aos que disputam cargos eletivos pela primeira vez.
Mais Lupicínio: em 1949, Alves gravou o samba-canção Cadeira Vazia. É o que milhares querem ocupar em prefeituras e câmaras municipais. No mesmo ano, Isaura Garcia consagrou o samba Eu não sou louco.
Ritmo de tartaruga
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, espera votar até o fim do ano a proposta de emenda à Constituição, protocolada em 2019, que permite o cumprimento da pena após condenação em segunda instância.
Quem acessa o site camara.gov.br e acompanha o andamento se revolta com o labirinto que o processo percorre. Para sustentar a burocracia da Câmara, são gastos 6 bilhões de reais por ano. A lentidão explica o gasto excessivo, que teria muito melhor utilização em áreas sociais carentes.
Difícil entender
Quando a liberação de um condenado vira debate público entre ministros, ocupando manchetes, tem-se a prova de que o Supremo Tribunal Federal precisa voltar aos trilhos.